terça-feira, 31 de março de 2009

UTOPIAS PIRATAS

Esta semana no Gato Vadio,





Utopias Piratas, Peter Lamborn Wilson

Apresentação e debate

Com a presença de Miguel Mendonça e António Alves da Silva

Quinta-feira, 2 de Abril, às 22h




Mulheres Traídas – [Making Of], de Miguel Marques
Documentário




Sexta-feira, dia 3 de Abril, 22h15

Gato Vadio

Entrada livre




(Programa completo)

Utopias Piratas, Peter Lamborn Wilson

Apresentação e debate

Com a presença de Miguel Mendonça e António Alves da Silva

Quinta-feira, 2 de Abril, às 22h

Gato Vadio





Peter Lamborn Wilson, (também conhecido pelo pseudónimo literário Hakim Bey) é o autor da fleumática obra TAZ (Zona Temporária Autónoma) onde incita à criação de espaços livres e plenamente autónomos que escapem à lógica das entidades hierarquizadas e opressivas que regulam as sociedades actuais.






Investigador, ensaísta e poeta norte-americano com vasta obra editada, escreveu «Sacred Drift: Essays on The Margins of Islam», na City Lights e «Scandal: in Islamic Heresy», Autonomedia.

Utopias Piratas (Pirate Utopias: Moorish Corsairs & European Renegadoes, 1995), obra editada pela Deriva e traduzida por Miguel Mendonça, é um estudo histórico e filosófico sobre a pirataria moura do século XVII e o papel muito particular da República de Salé. Corsários, sufis, pederastas, mulheres mouras «irresistíveis», escravos, aventureiros, rebeldes irlandeses, judeus hereges, espiões britânicos, heróis populares da classe trabalhadora e até um pirata mouro em Nova Iorque, emprestam a este livro um ambiente livre constituído por comunidades insurrectas nunca verdadeiramente dominadas e portadoras de uma praxis de resistência social que abalou seriamente os estados europeus.

«O islamismo, no fim de contas, é o mais recente dos três monoteísmos ocidentais, e contém por isso a sua dose de crítica revolucionária do judaísmo e do cristianismo. A apostasia de um autoproclamado Messias ou de um pobre e anónimo marinheiro seria invariavelmente vista, nesta perspectiva, como um acto de revolta. O islão, em certa medida, foi a Internacional do século XVII – e Salé talvez o seu único e verdadeiro “Soviete”. À primeira vista, Salé aparenta ser um lugar ímpio, um ninho de piratas ateístas e violentos – mas assim que observamos e escutamos com mais atenção, quase podemos ouvir o eco das suas vozes distantes, recortadas em apaixonados debates e exaltadas oratórias. Os textos perderam-se ou talvez nunca tenham existido; era uma cultura oral, uma cultura auditiva… é difícil discernir os seus últimos murmúrios… mas não totalmente impossível!». Peter Lamborn Wilson




Convidamos os piratas e os vadios, integrados e desintegrados, a avivar a conversa!

1 comentário:

Claudia Sousa Dias disse...

Parece ser muito interessante;

um dia se puderes vê o filme "As tartarugas também voam", passado no Iraque semanas antes da invasão de Bush...


um verdadeiro murro no estômago não só face ao chauvinismo ocidental mas também uma chamada de atenção para a condição feminina no Oriente muçulmano.