quarta-feira, 20 de junho de 2007

A VIDINHA



A VIDINHA

António Pedro Ribeiro

Não, não nasci para a vidinha pequeno-burguesa. Tenho asco aos moralismos das coisas coisas certinhas, às horas pré-determinadas. Não, não nasci para os horários das 9 às 5. Venho de reis malditos, de poetas visionários. Só a espaços sou feliz aqui. A rotina mata-me. Só o Amor e a Liberdade me guiam. Ás vezes basta uma palavra, uma palavra de ternura de uma mulher para nos elevar, para nos convencer de que estamos vivos e a verdadeira felicidade só pode estar aqui. Porquê tantas fronteiras?
Ouço a música que ouvia aos 15 anos. Mas já não tenho 15 anos. Sou um poeta maldito. Os meus admiradores e detractores esperam isso de mim. Tenho a vantagem de poder ter comportamentos excêntricos, de escrever textos marados e até há quem os publique.

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