Protesto em Outubro contra privatização da gestão do teatro portuenseOcupantes do Teatro Rivoli acusados de entrada em local vedado ao público 26.04.2007 - 17h18 Lusa
Os 15 membros do grupo que ocupou o Teatro Rivoli, no Porto, durante três dias em Outubro último foram acusados pelo Ministério Público de entrada em local vedado ao público.
"Sempre pensei que a queixa fosse arquivada, até porque a ocupação foi apenas o prolongamento de um acto teatral", afirmou o director do Teatro Plástico, Francisco Alves, um dos líderes do grupo de pessoas que ocuparam o Rivoli em protesto contra a atribuição a Filipe La Féria da exploração daquele espaço durante quatro anos.Após os três dias de ocupação, de 15 a 19 de Outubro último, os manifestantes foram retirados do local pela PSP, sem incidentes, seguindo depois para o Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto, onde foram ouvidos pela autoridade judiciária.Na altura, o director do Teatro Plástico referiu que lhe tinha sido dito, informalmente, pela PSP que o grupo incorrera nos crimes de "desobediência civil" e "ocupação indevida de espaço público", o que lhe poderia valer uma pena de três meses de prisão ou multa até 60 dias.Perto de 40 pessoas estiveram fechadas no Rivoli durante mais de três dias em protesto contra a privatização da gestão daquele teatro municipal, exigindo que se mantivesse "aberto às artes e artistas da cidade".A 19 de Outubro, cerca das 06h00, quanto o grupo já estava reduzido a 15 pessoas, os ocupantes foram surpreendidos pelo corpo de intervenção da PSP, que o removeu do local.O grupo já se encontrava privado de electricidade, água e comida, por ordem da Câmara do Porto.O protesto começou na noite de 15 para 16 de Outubro, depois dos ocupantes terem assistido à peça "Curto-Circuito", um espectáculo em três actos - apresentados, cada um, em espaços diferentes da cidade - que culminou no Pequeno Auditório do Teatro Rivoli, no Porto.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
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