segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O AMOR LOUCO



AMOR LOUCO

O Amor Louco não quer se alistar no exércitode ninguém, não toma partido na Guerra dos Sexos, entedia-se com os argumentos a favor de iguaisoportunidade de trabalho (na verdade, recusa-se a trabalhar para ganhar a vida), não reclama, não explica, nunca vota & nunca paga impostos.O Amor Louco gostaria de ver todo bastardo ('filho natural')chegar ao fim de sua gestação e nascer - o AL vive deaparelhos antientrópicos - o AL adora ser molestado porcrianças - o AL é melhor que preces, melhor que sensimilla (3) - o AL leva para onde for suas própriaspalmeiras & sua própria lua. O AL admira o tropicalismo,
O amor louco não é uma social-democracia, não é um parlamentarismo a dois. As atas de suas reuniões secretas lidam com significados amplos, mas precisosdemais para a prosa. Nem isso, nem aquilo - seu Livrode Emblemas treme em suas mãos. Naturalmente ele caga para os professores & para a polícia, mas também despreza os liberais & os ideólogos- não é um quarto limpo & bem iluminado. Um topógrafo embusteiro projetou seus corredores & seus parques abandonados, criou sua decoração de emboscada feitade tons pretos lustrosos & vermelhos maníacosmembranosos... O anarquismo ontológico nunca retornoude sua última viagem de pesca. Conquanto ninguém nos denuncie para o FBI (CIA), o CAOS não se importa nemtão pouco com o futuro da civilização. O amor loucoprocria apenas por acidente - seu objetivo principal é engolir a Galáxia. Uma conspiração de transmutação...O amor louco é saturado de sua própria estética, enche-seaté as bordas com a trajetória de seus próprios gestos, vive pelo relógio dos anjos, não é um destino adequadopara comissários ou lojistas. Seu ego evapora-se com a mutalidade do desejo, seu espírito comunal murcha em contato com o egoísmo da obsessão. O amor louco pedesexualidade incomum, da mesma forma que a feitiçaria exige uma consciência incomum. O mundo anglo-saxãopós-protestante canaliza toda sua sensualidade reprimida para a publicidade & divide-se entre multidões conflituantes: caretas histéricos versusclones promíscuos & ex-ex-solteiros.
a sabotagem, a break dance, Layla & Majnun (4), o cheirode pólvora e de esperma. O AL é sempre ilegal, não importase disfarçado de casamento ou de um grupo de escoteiros -sempre embriagado do vinho de sua próprias secreções oudo fumo de suas virtudes polimorfas. Não é a deterioração dos sentidos, mas sim sua apoteose - não é resultado dada liberdade, mas seu pré-requisito. Lux et voluptas.
in "CAOS, TERRORISMO POÉTICO & CRIMES EXEMPLARES", HAKIM BEY)
www.pontodevista.jor.br/guerrilha/terrorismo.htm

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