segunda-feira, 13 de junho de 2005
Álvaro Cunhal
Álvaro Cunhal dedicou toda a sua vida à construção do socialismo. Mesmo que discordemos da via que Cunhal preconizava para o socialismo, devemos render homenagem ao grande resistente antifascista, à sua coragem, ao seu empenho na luta. Apesar de discordamos com a linha do PCP, pensamos que Álvaro Cunhal é um exemplo para todos aqueles que combatem o capitalismo.
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6 comentários:
Não sei...
É verdade que houve trabalho, abnegado, houve luta, houve empenho. E houve coerência.
Mas os meios não justificam os fins. E cegueira e autismo construídos não são de louvar.
Não sei...
Como bom português, acabo por ceder ao elogio fúnebre, mais por ser fúnebre do que por ser elogio.
Segundo rezam as crónicas, Cunhal foi estalinista. Cunhal sabia o que se passava na União Soviética: as torturas, as prisões, os campos de concentração, os incontáveis atentenados contra os direitos humanos e as liberdades pessoais. Para mim é difícil apreciar esse Cunhal. Mas, como dizes, sinto-me reconhecido pela sua luta contra o fascismo. E comovido pelo sofrimento, dor e privações que Cunhal sentiu na pele em nome da revolução e de um país melhor.
Olha que não, Pedro.
Pikkolo (Hotel Sossego)
O melhor tributo a Alvaro Cunhal será combater, numa perspectiva de Socialismo revolucionário, a doutrina em que foi formatado e que nada tinha a haver com marxismo.
Teve conhecimento dos crimes do estalinismo, dizem uns. E creio que é indesmentivel.
Mas no Portugal concreto, sem tradção marxista enraizada no moviemtno operário, onde as ideias Socialistas apenas começam a fazer caminho no ínicio da década de 20 e o PC apenas se consegue ligar ao Komitern em 1927 - já extripado dos bolcheviques-leninista - Cunhla, que entra no mivemento nos anos 30/40 é o produto de um tempo.
Para muitos de nós é facil criticar o obvio: foi obreior da corrente estalinista dem Portugal. Pois foi.
Mas esa tem sido a desculpa apra a deserção de muitos "esquerdistas".
A via do "cidadão", os sacrosantissimos "direitos humanos" no abtsracto, tudo justifica a debandada e o recuo para a doce critica da sociedade e dos seus excessos.
Agora, avaliar o contributo de Cunhal e do seu partido para a emcaipação da classe operária e dos oprimidos, e no concreto, procurar caminhos para recompor as ideias do Socialismo e Marxismo, hoje, esse seria de facto algo de interessante.
Por mim, continuo nessa
Camarada Zé David,
Em parte de acordo. Mas penso que o marxismo e a economia política não são suficientes. Há que juntar os contributos de Nietzsche, dos anarquistas, dos situacionistas, dos surrealistas. A revolução tem de ser um misto de Lenine com Sade, de Che Guevara com Jim Morrison, de Lautréamont com Rosa Luxemburgo. Há que atender à dimensão da vida quotidiana, ao individuo que morre de tédio.
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