Actos tresloucados? Disparates? O meu conceito de revolução não se restringe ao racionalismo e à rigidez marxista. Actividades aparentemente gratuitas, sem significado, como pintar graffities, partir vidros, apedrejar Mc Donald's ou outros símbolos do consumismo e do capitalismo, simples provocações podem ser profundamente revolucionárias, tal como determinadas performances artísticas, poéticas ou musicais.
A revolta tem de ter uma dose de loucura. Não pode ser somente razão, planificação. Daí a vertente morrisoniana/nietzscheana. Daí a poética da liberdade, do próprio desespero.
Outro aspecto que me aproxima do anarquismo é a questão do individuo. Se bem que acredite na acção revolucionária colectiva, rejeito categoricamente o papel avassalador e exclusivo do colectivo. Acções individuais ou de pequenos grupos podem ter um importante papel vanguardista.
António Pedro Ribeiro.
domingo, 24 de abril de 2005
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