Um programa revolucionário não se esgota em eleitoralismos, apenas vê as eleições como mais uma forma de passar a sua mensagem. Um programa revolucionário não se esgota numa dimensão política ou económica. Tem de atender a uma dimensão poética e pessoal, onde a liberdade e a consciência individuais precedem a liberdade e a consciência colectivas. Fazer a revolução é também provocar, agitar as consciências. É juntar à crítica marxista do capitalismo a crítica de todas as formas de hierarquia, autoridade e dominação que vem dos anarquistas e de Nietzsche. É entender a poesia, a criação como transformação permanente da realidade.
Ao revolucionário que não pactua com os poderes e prefere continuar a revolução noutras paragens de Che Guevara junta-se o provocador, o rebelde do quotidiano que se manifesta de forma criadora, artística, poética.
sábado, 30 de abril de 2005
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