quarta-feira, 1 de março de 2017

JUVENTUDE

Haja juventude. Finalmente, juventude. Morte às famílias! Morte ao tédio! Viva o Carnaval! Miúdas bonitas, loucas no concerto, na performance a gingar. Morte às velhas! Viva o Croft! Viva a festa! Viva o Whisky! Fora com os mexericos. Fora com os vizinhos. E que se foda o dinheiro! É mesmo para estoirar. Estais mortos. Viveis mortos. Porra, prefiro mil vezes a juventude irresponsável aos caretas. I wanna give you my love. Canta o Plant. A vida a fluir no meio do deserto. Morrison, alive she cried. A tua conversa já me interessa, miúda. Trabalhar? Que trabalhem os outros. Eu não trabalho, eu crio. Eu danço como Zaratustra. Sou o deus que dança e ri. Não dançais, minhas bacantes? Estou como o Jim Morrison. Só não tenho a conta bancária dele, não é, ó Lacerda moralista? No entanto, vimos todos dos mesmos céus, das mesmas estrelas. Sou como Morrison, como Nietzsche, como Plant, como Curtis. Sou inspirado, iluminado, como disse a menina. Ao menos aqui vêem-se gajas novas. Não é a pasmaceira do costume. A cerveja arde. Só as miúdas dançam.

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