domingo, 12 de fevereiro de 2017

NÃO ACEITAMOS A NÃO-VIDA

Sim, caro Vítor, a maioria das pessoas não se interessa pelos temas fundamentais. Não põem em causa a alienação capitalista, nem têm uma visão espiritual das coisas. Às vezes parece que andamos a pregar no deserto. No entanto, ainda acredito que os jovens e as crianças podem transformar o mundo. Por isso é que o sistema se preocupa tanto com as crianças, que as ocupa tanto, que lhes retira o tempo de jogo, brincadeira e invenção. Sim, caro Vítor, não tenho dúvidas de que temos razão. Não embarcamos na linguagem mediática e superficial dos comentadores. Aprofundamos as questões. Filosofamos. Detestamos o útil, o prático, o pragmático. Não aceitamos a não-vida do tédio.

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