quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

TRANQUILIDADE

Apoderou-se de mim uma certa tranquilidade. Não que tenha alterado as minhas ideias políticas, não que tenha deixado de desejar as mulheres. Talvez o facto de me relacionar melhor com as gentes da aldeia, nomeadamente com o sr. Filipe, o farmacêutico, que professa ideias comunistas e é um homem culto. O que é certo é que hoje não estou virado para lançar o caos nem para gestos incendiários. Sou apenas o homem à mesa, sem pressas, antes de ir ao café da Vera beber uns copos.

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