quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
UM HOMEM DE VISÕES
Desde miúdo que penso muito, já o meu pai o dizia. Claro que nem sempre esses pensamentos são produtivos. Muitas vezes ando às voltas e voltas. Não estou sempre a fazer arte e filosofia. Poderia ter talvez seguido uma carreira brilhante nos estudos. Mas vieram os desencaminhadores, os malditos e, além do mais, terei tido depressões e certamente crises e dolorosas solidões já na adolescência. Sei que não nasci para a sociedade do dinheiro, do sucesso, da competição. Vim gozar, experimentar, buscar a sabedoria. Vim também criar, transformar, fazer poesia. Sou um homem de visões, de iluminações. Tenho o lado "demens" muito desenvolvido. Falta-me chegar a mais gente, ser mais divulgado e reconhecido. Puxo, puxo muito pela mente. E vejo muita idiotice à minha volta. Idiotice e medo. Seres humanos assim nunca serão plenos, integrais, nunca serão super-homens mas sim sub-homens. Também são cegos que se deixam governar por imbecis, como dizia Shakespeare. Porque, de facto, os poderosos não passam de psicopatas imbecis agarrados aos seus milhões, aos seus brinquedos. É a demência do ter. Bastava um abanão, um sopro cósmico e tudo cairia.
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