"O Poder tem o condão de reduzir os seres humanos a coisas, mercadorias, objectos. (...) Já houve regimes totalitários, ditaduras, fascismos. Mas é a primeira vez na História que o Poder financeiro (...) se afirma sobre todo o Planeta e o próprio Universo. Já nem é Poder económico, como nos séculos passados. Só Poder financeiro. E global. Devora a Economia. A Política. O meio ambiente. A Vida. Até devora a mente das populações onde já se alojou como em sua própria casa. As quais, por isso, deixam o ser, para serem coisas, mercadorias, objectos, cadáveres ambulantes que respiram ar cada vez mais envenenado. Autoproclama-se Deus omnipotente, omnisciente e omnipresente. (...) A descriação global".
(Padre Mário de Oliveira, "Pratico, Logo Sou")
(Padre Mário de Oliveira, "Pratico, Logo Sou")
Esta gente não se apercebe de que o poder financeiro, aliado ao poder político e ao poder mediático, está a destruir a Vida e o Homem. A grande maioria prossegue nas suas vidinhas, como se nada fosse, e não ouve nem lê Nietzsche, Jim Morrison, Henry Miller, Jesus, Walt Whitman, William Blake, Sócrates, Platão, Aristóteles, Marx, Bakunine, o padre Mário de Oliveira, Agostinho da Silva. A grande maioria limita-se a cumprir os seus dias, as suas tarefas sempre iguais, a morrer dia após dia enquanto é escravizada e alienada. A grande maioria passa a vida a dormir. É preciso um grito, um trovão que os acorde! Ou então teremos que ser nós, a minoria, a unir-nos, a juntar-nos em comunhão, em assembleias livres. Nada queremos com os palácios do poder! Ignoremos as figuras fantasmagóricas televisivas. Juntêmo-nos em redor da fogueira. Ergamos o novo mundo. Na paz, no amor, na liberdade, na poesia. Sim, nós descobrimos a maravilha. Anjos e fadas dançam no nosso espírito. Mas também demónios. Saibamos extrair deles a sabedoria selvagem de Zaratustra. Brinquemos com a criança sábia. Completemos o poema. Filosofemos. Discutamos a polis. Não mais relógios. Não mais obrigações. Não mais telemóveis. A Terra é nossa. Abandonai tudo.
"Para o inferno com telefones e computadores! Vão simplesmente ao teatro, ocupem filas inteiras nas plateias e nas galerias, ouçam o mundo e vejam as imagens vivas!", clama Anatoli Vassiliev, encenador e fundador da Escola de Teatro de Moscovo.
Ao inferno com telemóveis, televisões e computadores! Subamos ao palco. Vivamos, simplesmente, a vida. Sejamos nós os protagonistas e não essas figuras do ecrã. Abandonemos os trabalhos, as canseiras e os sacrifícios. Tornêmo-nos nós mesmos de uma vez por todas.
Ao inferno com telemóveis, televisões e computadores! Subamos ao palco. Vivamos, simplesmente, a vida. Sejamos nós os protagonistas e não essas figuras do ecrã. Abandonemos os trabalhos, as canseiras e os sacrifícios. Tornêmo-nos nós mesmos de uma vez por todas.
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