A própria informação, na melhor das hipóteses, refere-se apenas à superfície dos acontecimentos, e raras vezes dá aos cidadãos uma oportunidade de ir além da superfície e de identificar as causas profundas dos factos. A venda de notícias é encarada como um negócio como qualquer outro. Ou seja, estamos perante um sistema fascista que nos controla e estupidifica e poucos têm consciência disso. Tudo é feito no sentido de nos formatar e de nos fazer a cabeça. Permitem-nos beber uns copos, assistir a uns espectáculos, ir a umas festas mas logo voltamos à máquina. Por outro lado, as pessoas sentem-se cada vez mais deprimidas. Sentem o isolamento, a impotência, a vida vazia do consumo e da futilidade, a falta de sentido da vida. É preciso ser, dar, participar e compreender em vez de andar atrás do lucro, do poder, do sucesso. É necessário ler, estudar, desfrutar, procurar, descobrir, amar em vez de competir e lutar. É necessária uma "religiosidade" sem religião que vai de Buda a Marx mas é necessário também um grande grito, um grito que acorde aqueles que estão doentes, que parecem mortos, é necessário um grito profético que derrube muros e muralhas porque, de facto, estamos quase perdidos como espécie.
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
A LAVAGEM CEREBRAL
Segundo Erich Fromm, existem métodos de lavagem cerebral na publicidade comercial, industrial e política. Graças a esses métodos compramos coisas que não necessitamos e elegemos políticos que não queremos. O que é pior é que a grande maioria de nós não é senhora da sua mente devido a métodos hipnóides empregues para nos doutrinar. Esses métodos hipnóticos utilizados na propaganda comercial e política constituem um grave perigo para a saúde mental, nomeadamente para o pensamento claro e crítico, bem como para a independência emocional. Trata-se de um fenómeno imbecilizante.
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