segunda-feira, 28 de setembro de 2015
CATALUNHA LIVRE E INDEPENDENTE!
A vitória dos independentistas na Catalunha constitui uma forte machadada no Estado Espanhol, em Mariano Rajoy e na própria União Europeia. A Catalunha será independente. O PP de Rajoy obteve uma votação diminuta e deverá ser derrotado nas eleições gerais espanholas. O povo catalão deu ao mundo uma lição de liberdade e cidadania. Barcelona voltou aos anos 30. A monarquia espanhola também está em xeque. Deve seguir-se o País Basco. A "União" Europeia financeira e do imperialismo alemão começa a ficar em cacos. Catalunha livre e independente!
domingo, 27 de setembro de 2015
O VOTO NA REVOLUÇÃO
Esses gajos como Passos, como Portas são mesmo uns copinhos de leite imbecis e são lá postos por um bando de cegos, como já dizia William Shakespeare. Estes imbecis seguiram sempre uma carreira calculada, ordeira, nunca apanharam uma verdadeira bebedeira, nunca estiveram no céu nem no inferno. Daí que sejam desprezíveis, pequenos, que se limitem a falar o economês e a fazer intriga política. Servem os seus senhores de Berlim, de Bruxelas, de Wall Street. Servem o capitalismo que atropela, a corrida de todos contra todos, a desumanidade. Um voto no PCTP/MRPP, pelo contrário, é um voto que não aceita, que não se submete, que chama os bois pelos nomes. Um voto no PCTP/MRPP é um voto na liberdade livre, contra a exploração e a escravização, é um voto no novo mundo que aí vem. Um voto no PCTP/MRPP é um voto na revolução.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
DE DALI
Já tive acesso aos media locais, regionais e nacionais. Falta-me talvez uma SIC, uma TVI. De qualquer modo, julgo que, sem ser um político tradicional, tenho coisas a dizer que muitos não dizem. Claro que tenho os meus mestres. Claro que me baseio em Guy Debord, Raoul Vaneigem, Marcuse, Sartre, Erich Fromm, Aldous Huxley, Agostinho da Silva, Nietzsche, Platão, Bukowski, Henry Miller ou Jim Morrison. Todavia, vejo, pelo menos aqui em Portugal, muitas poucas pessoas defenderempublicamente ideias semelhantes às minhas. E, no entanto, estou convencido de que tenho razão. Posso nem sempre defender-me da melhor forma. Posso nem sempre ter a retórica. Mas, porra. Eu tenho andado inclusive por estradas erráticas, eu tenho procurado a iluminação em copos de cerveja mas eu não sou, nunca fui um vendido, um convertido ao sistema. Por isso não sei o que esses escritores que inventam umas historiecas têm a dizer a mais do que eu. Não sei realmente o que as pessoas vêem neles. Não sei que luz, não sei que bênção os distingue de mim. Eu que já atravessei para o outro lado, que me julguei Deus e o Diabo, que tive visões e iluminações, que percorri o deserto. Não, não é a esses que me devo comparar. Eu sou dos mestres. Eu procuro o infinito. Há coisas que ainda me prendem à terra, nomeadamente a política, mas eu sou do surrealismo de Dali, das vacas voadoras, dos relógios pendurados nas árvores. Sim, há uma válvula no meu cérebro que se solta e então eu fico doido, não tenho limites. Talvez ainda não tenha sido capaz da grande criação, da louca criação. Contudo, sei que faço parte dos eleitos. Por isso acho muita desta gente, a começar pelos políticos lavadinhos, absolutamente limitada e quadrada. Porque não explode, porque não arde, porque não vibra. Porque realmente não transgride, nem conhece, nem quer conhecer o outro mundo. Ficarão sempre agarrados às posses, ao dinheiro, ao trabalho forçado e ao tédio. Nunca experimentarão a novidade, o inesperado, o diferente. Nunca apanharão a grande bebedeira. Por isso são diferentes de nós e daqueles que sigo. Por isso nunca sairão da mediania.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
PASSOS RELES
Passos Coelho e Paulo Portas, além de terem roubado nos salários e nas pensões e de terem aumentado os impostos, além de terem mergulhado o país na pobreza e na desigualdade social, são castradores e inimigos da vida e da beleza. Passos e Portas fazem o jogo do imperialismo alemão e do fascismo financeiro, reduzindo a vida a uma corrida onde as pessoas se atropelam, sem qualquer ponta de sentimento, sem qualquer ponta de humanidade. Essa gentalha só conhece o raciocínio económico, do deve e haver, da compra e venda, ignorando o sentido do belo, da virtude, do maravilhoso, da poesia. Essa gentalha viveu sempre no mundo da intriga, da sacanagem, da luta pelo poder e pelo dinheiro, nunca se transcendeu, nunca teve uma iluminação, nunca se passou para o lado de lá. No fundo, Passos e Portas são gente reles, pequena, que, com a ajuda dos grandes grupos económicos e dos media, nos querem explorar, rapinar, amordaçar, ao mesmo tempo que querem instaurar o fascismo.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
FASCISMO E REFUGIADOS
Foi o Ocidente que provocou as guerras do Afeganistão, do Iraque, da Líbia e da Síria. Durão Barroso foi um dos mentores da tristemente Cimeira dos Açores que deu origem à guerra do Iraque. Por isso, os países da Europa e os Estados Unidos têm o dever de acolher os refugiados. É xenófoba a posição de repor o controlo das fronteiras por parte da Alemanha, da Eslováquia, da República Checa e da Holanda. É fascista a nova lei de imigração da Hungria que prevê penas de prisão de três anos para quem entre ilegalmente no país. É fascista porque é imposta por um louco fascista, Viktor Orban. É igualmente fascista a posição daqueles que em Portugal organizam petições e movimentos contra a entrada de refugiados no nosso país. Trata-se de gente ignorante, sem coração, que não percebe que o mundo é de todos e que todos vimos de África. No fundo, é gente que alinha no atropelo, no salve-se quem puder, na luta pelo dinheiro e pelo poder, só a defender o seu quintal, sem uma ponta de ética, sem uma ponta de humanidade.
domingo, 13 de setembro de 2015
CAPITALISMO E SUICÍDIO
Já houve 567 suicídios desde o início do ano em Portugal. No entanto, estes números até podem vir a duplicar, como afirmou o psiquiatra Ricardo Gusmão, presidente da Eutimia- Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal, uma vez que dizem respeito àqueles óbitos que são logo declarados como suicídio no dia em que acontecem. Falta acrescentar as mortes que se encontram ainda a ser investigadas.
A crise económica, a pobreza, o governo fascista de Passos Coelho, que governa sem qualquer sensibilidade social, mas sobretudo uma vida sem sentido, onde as pessoas competem e se atropelam levam cada vez mais indivíduos a pôr fim à vida. É esquizofrénica esta sobreposição de imagens, onde as vedetas televisivas vivem a nossa vida, onde meia-dúzia de poderosos se exibe e factura, onde o tédio impera. Os laços de amor, de amizade são postos em causa. As pessoas estão cada vez mais isoladas no reino do dinheiro e do mercado onde se encontram à venda. As pessoas são transformadas em números, em mercadorias. Perde-se a vontade de viver. Já nada importa. Eis no que deu o capitalismo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
VIM SER O POETA
Não sou da mesma espécie dos politiqueiros, dos banqueiros, dos empresários, dos especuladores. Não ando para aí a enganar, nem a roubar, nem a explorar, nem a escravizar. Nem tão-pouco me identifico com os competitivos, com os corredores, com os merceeiros. Vim para experimentar, para criar, para conhecer, para amar. Vim para pisar livremente a Terra. Vim de graça e para a graça. Não suporto mais o tédio imposto. Vim celebrar noite e dia. Vim ser o poeta.
domingo, 6 de setembro de 2015
ESQUIZOFRENIA
Mesmo que não entenda certos textos mais herméticos sinto-me a caminho de fazer a síntese. Com efeito, creio que estou próximo de construir um sistema de ideias, uma filosofia própria. Esta mescla do pensamento, com os livros e com a realidade resulta nisso. Não escondo que na cidade as conversas são mais ricas e variadas, se bem que haja grupos fechados que impedem a comunhão, o diálogo com o desconhecido, a celebração. Parece-me até que estamos num estado de esquizofrenia, com crimes hediondos a torto e a direito, com a desumanidade com que são tratados os migrantes, com os media a fazer de nós atrasados mentais, com o Estado Islâmico a destruir tesouros da Humanidade, com os banqueiros, os agiotas, os especuladores, as grandes corporações, os políticos corruptos a facturar, com a depressão e o suicídio a aumentar a olhos vistos. Tudo isto é de loucos. Tudo isto tem que ser discutido na praça pública. O mundo é nosso. Não é deles. Temos de repensar o homem. De voltar ao início. Ao xamã que comunicava com os espíritos. Sim, existem espíritos em nós. Somos muito mais do que o quotidiano, do que o dinheiro, do que a compra e venda a que nos querem reduzir. Inventámos deuses. Somos também hybris, loucura. Procuramos o infinito e o céu na Terra. Eles é que querem roubar-nos os sonhos, reduzir-nos os horizontes. Transformar-nos em mercadorias. Eles é que querem roubar-nos a vida. Pois é pela vida que me bato. Pela vida enquanto festa, conhecimento, criação. Todavia, vejo ainda muita confusão nos meus semelhantes. Muitos ainda estão na caverna de Platão a comentar as sombras. Não questionam o trabalho, nem o dinheiro, nem o mercado. Vêem o capitalismo como uma inevitabilidade. Mas, enfim, como pensador, como poeta, compete-me esclarecê-los, entrar nas conversas, provocar. Uma parte importante deles já não terá salvação. Ainda assim insisto.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
A CIDADE DO SER
De acordo com Erich Fromm, os métodos de lavagem cerebral na publicidade comercial e na propaganda política levam-nos a comprar coisas que nem queremos nem necessitamos e a escolher representantes políticos que nem queremos nem necessitamos se não estivermos no pleno controlo das nossas mentes. A questão é que não somos inteiramente senhores das nossas mentes devido a métodos hipnóticos empregues para nos doutrinar e domesticar. Esses métodos constituem um grave perigo para a saúde mental, nomeadamente para o pensamento crítico e para a independência emocional. Somos bombardeados, sobretudo pela televisão, por programas imbecilizantes e notícias manipuladas e muitos de nós caem numa vida mental pobre, com conversas repetitivas, sem qualquer tipo de elevação. É certo que há muita gente que se sente deprimida, que tem consciência do vazio, do seu isolamento, da falta de significado da sua vida e põe em causa a vida de consumo e de futilidade que leva. No entanto, daí a que isso se traduza em união e revolta, daí a que isso se traduza na construção de uma nova sociedade, de um novo homem vai um longo caminho. Sabemos, contudo, que para que a vida volte a fazer sentido uma nova sociedade será necessária, uma nova sociedade baseada, ainda segundo Fromm, no ser, no participar e no compreender e não no ter, no lucro e no poder. Uma sociedade onde o carácter mercantilista seja substituído pelo carácter criativo e amoroso, uma sociedade de homens livres, a cidade do Ser.
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