O POETA A PRESIDENTE!
No Piolho
O poeta escreve
Já aqui escreveu
Muitas vezes
Já aqui travou
Discussões violentas
Ultimamente não se tem
Exaltado tanto
Não faltam motivos
A opressão
A ditadura
As pessoas não têm
consciência
Vêm cá jantar calmamente
O poeta escuta o Fred
O encantador
O macaco de Deus
Esse tem vergonha
Da Humanidade
O poeta vem à cidade
Ouve os estrangeiros
Cheios de nota
Enquanto que ele
Está quase sem cheta
Não é justa
A distribuição da riqueza
Uns nadam em milhões
Outros sem nada
O poeta apela à revolta
Mas vê esta gente parada
A olhar para a bola
Por isso escreve
A ver se alguém o lê
Talvez se candidate
A Presidente
No fundo, nada há a
perder
Sempre aparece nos media
A difundir as suas ideias
O poeta é um incendiário
O mais louco dos homens
O poeta sabe-o
Apenas se tem mantido
Mais prudente
O poeta a Presidente!
Porto, Piolho, 16.4.15
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