"Ter uma acção sobre a humanidade, contribuir com todo o poder do meu esforço para a civilização vêm-se-me tornando os pesados e graves fins da minha vida."
(Fernando Pessoa)
Acrescentar algo ao homem, à humanidade. Eis a missão do artista, do poeta. Não se ficar por objectivos fúteis, meramente egoístas, não se ficar pela luta pela sobrevivência e combater pela civilização contra uma barbárie que se está a impor, eis o desígnio do intelectual, do poeta. Dar-se ao mundo, dar-se à vida, dar-se em amor e liberdade, eis o que o poeta faz aqui, mesmo que tenha de enfrentar os poderes, os tribunais, a polícia. Por isso Jesus e Sócrates foram condenados à morte. Por isso o poeta, o profeta, o filósofo devem ser incómodos, devem desafiar os poderosos. Devem descer à praça pública, denunciar os podres que por aí andam. Devem usar a pena no sentido de se construir um mundo novo, um homem novo. Devem manter-se firmes e apelar à consciencialização dos homens e à revolução. Está a chegar a hora.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
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