Segundo Erich Fromm, com o capitalismo a actividade
económica, o sucesso, as vantagens materiais, passam a ser fins em si mesmos.
"O destino do homem torna-se contribuir para o crescimento do sistema
económico, acumular capital, não tendo em vista a sua própria felicidade ou
salvação, mas como um fim em si mesmo". O homem converte-se numa peça da
engrenagem da máquina económica, cada vez mais isolado, solitário e imbuído de uma sensação de insignificância e
impotência. O homem alienou-se do produto das suas próprias mãos. O mundo por
si construído converteu-se no seu patrão, no seu Deus. As próprias relações
entre os homens são regidas pelo mercado, marcadas pela manipulação e pela
instrumentalidade. As relações entre os seres humanos são de negócio, entre
coisas. Daí que, com o capitalismo levado até aos seus extremos, com as
lavagens ao cérebro que nos tentam fazer todos os dias, o mundo tenha chegado a
um ponto sem saída. O homem está a ser destruído. Se ainda somos humanos temos
que rebentar com isto.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
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