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"Fora da Lei" é o décimo primeiro livro de A. Pedro Ribeiro. Poemas como "Bem-Vindo à Máquina", "Liberdade", "Homem Livre" ou "O Poema" celebram a liberdade que poderia ser ao mesmo tempo que denunciam um mundo onde o homem é violentado na sua essência, onde é privado da juventude e da infância para se colocar ao serviço de uma máquina que o obriga a trabalhar, a ir atrás do dinheiro, a procriar, a "subir na vida". Mas "Fora da Lei" é também o poeta maldito que vai às noites e aos bares, que tem iluminações, que segue a estrada do excesso, da hybris, da desmesura. É o poeta que sobe ao palco de "Paredes de Coura" ou de "Anjo em Chamas", que prova a glória, o fracasso e a ressaca, que desafia e provoca, que recusa a vida normal das pessoas normais e apela à revolução e à revolta. "Fora da Lei" é a rejeição de todos os governos, de todos os patrões, de todos os medos, de todas as castrações. É Dionisos, o xamã e a loucura mas também a procura do sonho, do imaginário, da magia, das estrelas, do amor, da alma. "Fora da Lei" é a história do poeta.
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