quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ARTISTA

Não sou, nunca fui, um operário, um trabalhador, daqueles que se esforçam o tempo todo. Sou antes um artista, aquele que pressente a hora de criar e é capaz de passar horas no café, por exemplo aqui no "Ceuta", onde já vinha aos 18 anos, antes de apanhar a camioneta para Braga. Verdadeiramente raramente me esforcei. Só no 12º ano é que estudei para Matemática. Na Faculdade só estudava às vezes. Só agora estudo verdadeiramente os livros. Só agora sigo o caminho da sabedoria. Talvez puxe um pouco mais pelos olhos. De resro, não me mato a trabalhar. No café, após tomar o café, sinto-me em casa. Isto apesar de, neste momento, não ter um grupo de intelectuais, uma tertúlia, para discutir as minhas ideias. Continuo a achar que as pessoas deveriam desatar a falar com desconhecidos, isso enriqueceria a humanidade.

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