sábado, 7 de janeiro de 2012

A EMBRIAGUEZ PERMANENTE


Estar atento. Estar alerta. Reconhecer sempre os sinais da máquina. Mas também ser autónomo, independente, amar a liberdade e a solidão. Seguir a outra via, que não a do "Nascer, Trabalhar, Morrer" ou do "Trabalhar, Obedecer, Morrer". Ser o espírito livre de Nietzsche, Rimbaud, Morrison e Miller. Dizer ao mundo que há um mundo para lá dos relógios e dos mercados. Dizer ao mundo que isto não tem que ser assim, que a vida não se resume a uma fórmula única e irreversível. Esse mundo é o mundo do riso soberano, nas palavras de Alexandre Teixeira Mendes, da gargalhada livre, da estrada da transgressão e do excesso. Pressupõe também a procura do conhecimento e do auto-conhecimento, a fuga ao intelecto vulgar, ao homem das meias-medidas, que se satisfaz com o pouco, que aceita o pouco que lhe vendem. Está no oposto à religião da eficácia e do sucesso. Está do lado da embriaguez permanente, com ou sem àlcool, da rebelião (revolução) permanente contra o instituído.

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