quarta-feira, 9 de novembro de 2011
CAFÉ PARAÍSO
"Café Paraíso" fala do poeta de café, da vivência do poeta nos cafés das cidades - "A Brasileira" e o "Astória" em Braga, o "Piolho", o "Ceuta" e o "Aviz" no Porto, o "Guarda-Sol" na Póvoa de Varzim, o "Pátio" em Vila do Conde- e das aldeias (Vilar do Pinheiro, Vila Nova de Telha). "Café Paraíso" é também sobre a mulher que passa, que se passeia no café, que atende às mesas ou permanece ao balcão. É também o café das tertúlias com poetas, escritores, amigas, amigos, as discussões inflamadas, os bares até às tantas. É o homem só à mesa que escreve, lê e observa. É o poeta maldito que incendeia os bares da poesia. Os empregados de mesa e os gerentes, as cumplicidades, as conversas, a caixa registadora. Mas "Café Paraíso" é também o tédio, a rotina, o inferno no quotidiano que, apesar de tudo, é mais fácil de suportar no café do que em casa. A revolta contra a propaganda da TV, o futebol omnipresente que o poeta também vê, as conversas dos teóricos de café, o não aceitar da ditadura dos políticos e dos mercados. "A vidinha de escravos" que "está a chegar ao fim", o princípio do fim do capitalismo. O café, a cerveja.
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