Para os trabalhadores e para os burgueses não tenho uma ocupação definida, como diz Stirner. Passo as tardes no café a ler e a escrever, sou uma espécie de vagabundo. Todavia, na verdade, trabalho para o homem, para o enriquecimento do homem, não para o meu sustento ou interesses pessoais. Quando escrevo determinado poema estou a criar, estou a dar novos mundos ao mundo, estou a transformar-me na criança. Trabalho, até porque os olhos, a mão direita e o braço direito fazem um esforço, cansam-se.
Vir ao café é um ritual. A chávena à minha frente. A mesa de trabalho. A minha hora vai chegar. Estou certo. O sabor do café é agradável, fortifica a mente. Chove torrencialmente lá fora. Sou o homem satisfeito consigo mesmo. A sociedade é o que é mas eu sinto-me feliz enquanto criador.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
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