sábado, 22 de outubro de 2011

ELES ROUBAM-NOS A VIDA


Não, não me venham com histórias. Há dias em que estamos embriagados, dias em que estamos sob o "efeito coca", mágicos, triunfantes, mas isso é sempre passageiro e este mundo de tédio e castração que nos vendem todos os dias vai-nos assassinando, não presta. É o dia dos horários de trabalho, do lazer consumista, do tempo que nos roubam, da vida que nos roubam. São as notícias e a programação imbecil que nos espetam nos cornos e que nos fazem a cabeça. São as relações de tédio, sem amor, que imperam entre as pessoas dentro e fora do trabalho. É a escola que reproduz relações mecanizadas e de subserviência. São as relações de mercado, de compra e venda generalizadas. É a competição e a luta pela sobrevivência. Não, de facto, isto a que chamam "vida" em pleno sec. XXI, em pleno capitalismo dos mercados fede, não presta. Importa dizer que o ser humano está a ser assassinado na sua essência. O sentido da festa, da celebração perde-se em comemorações artificiais ou futebolísticas. A felicidade é uma miragem. A liberdade é sempre condicionada. Importa que o ser humano se consciencialize, que seja capaz de se bater por um mundo de espírito e de coração e não de luta desenfreada. Importa que todos os entediados e todos os deprimidos tomem consciência de que estão a ser oprimidos e que se levantem contra essa opressão. Porque a infelicidade não pode ser mais aceite como uma fatalidade. Porque alguns, os que lideram a máquina, são responsáveis pela nossa infelicidade e pela nossa morte em vida. Não tenhamos dúvidas. Eles roubam-nos a vida. Os macacos da propaganda e dos mercados e todos os que os servem violentam-nos todos os dias.

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