quarta-feira, 22 de junho de 2011

DESPEDIMENTOS NOS ESTALEIROS DE VIANA

Estaleiros Navais de Viana do Castelo: Traição consumada…despedimentos de 380 trabalhadores até ao final do ano

Durante a campanha eleitoral, o camarada Garcia Pereira à frente de uma delegação da candidatura esteve presente nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, num encontro com a CT. Neste encontro, o camarada afirmou a dado passo, “está em curso um plano de aniquilamento desta empresa. Por exemplo não tendo nenhuma perspectiva para os estaleiros e amanhã virem invocar o desequilíbrio económico-financeiro assim criado para justificar primeiro o lay-off, algumas rescisões voluntárias e depois um despedimento colectivo”, isto foi dito em 28 de Maio, em resposta às preocupações da Comissão de Trabalhadores, que acusava a novel administração, que a dita reestruturação que a empresa se preparava para fazer, com os seus homens de mão contratados recentemente, com currículos de desmantelamentos de outras empresas, era para efectivamente acabar com a empresa.

Menos de um mês, estas palavras vêm infelizmente comprovar-se, a administração anunciou ontem o plano com nome pomposo, de reestruturação, que irá provocar a saída, até final do ano, de 380 trabalhadores, dos actuais 720.


E como se esperava as desculpas são os prejuízos provocados pelas políticas sucessivas de desinvestimento no sector, provocado ostensivamente durante os últimos anos pelos diversos governos. E a continua descapitalização da empresa.


Os trabalhadores que se dizem “surpreendidos pela brutalidade dos números”, afirmam pela voz do coordenador da CT, António Barbosa, “se é para reduzir efectivos para tornar isto apetecível para um privado qualquer estrangeiro vir apoderar-se do que é nosso, obviamente que nem nós, trabalhadores, nem a comunidade vianense o vamos aceitar”.

Lembra que esta medida é aprovada “nas vésperas” da entrada em funções do novo Governo. “O que sai faz um favor fabuloso ao Governo que entra, tudo coordenado pela troika externa e interna”, denuncia mais adiante António Barbosa.


Na altura da visita da candidatura do nosso partido, o camarada Garcia Pereira sublinhou que seria um crime para a região e para o país deixar que os Estaleiros Navais fossem “abatidos ou desmantelados”.

A resposta dos trabalhadores que deve ter a máxima solidariedade dos sindicatos do sector, das centrais sindicais e de todos os trabalhadores que lutam contra a política da Troika, de terra queimada, tem de ser determinante na combatividade contra o governo que tomou posse hoje, mero gestor de negócios do grande capital.


Pela parte do nosso partido, os trabalhadores dos estaleiros terão todo o apoio e a solidariedade na luta contra esta traição, esta medida anti-patriótica e de vende-pátrias.

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