segunda-feira, 18 de abril de 2011

TOMEMOS O PRESENTE


TOMEMOS O PRESENTE

"Para um mago que se devota, há quarenta que sonham com o poder e não vivem senão de conjuras e intrigas.”
"Vieste falar-me, Mani, de uma fé nova que [...), proibiria aos homens de religião, a posse de terras e ouro, e os confinaria à oração, ao ensino e á meditação."
[Amin Maalouf, "Os Jardins de Luz")

Por cada político honesto há quarenta charlatães, vendilhões ou vigaristas, há quarenta que dormem com o poder e "não vivem senão de conjuras e intrigas". Cavaco, Sócrates, Passos Coelho e Portas são alguns deles. Mas não são os únicos. Há os intermédios, os intermediários, os dirigentes de segunda ou de terceira, de Câmara ou de Junta de Freguesia.
Platão dizia que os governantes deveriam ser homens íntegros, sábios, justos, que viveriam numa comunidade sem bens próprios e sem ouro. Outros dizem que o melhor governo é não existir governo nenhum. De qualquer forma, estamos de acordo que o mundo não pode continuar assim. Estamos de acordo que não podemos continuar nas mãos de políticos trapaceiros nem de banqueiros, nem de empresários chupistas, nem de mercados especuladores. Estamos de acordo que temos de tomar o presente e o futuro nas nossas mãos. Façamo-lo, então, sem medos, em nome dos nossos filhos, dos nossos netos, do novo homem que aí vem.

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