terça-feira, 12 de abril de 2011

FERNANDO NOBRE

Não gosto de santos. Nem de moralizadores de qualquer espécie. Apesar de tudo, considero os pecadores mais fiáveis. Ou leais, digamos. Fernando Nobre vai ser cabeça-de-lista do PSD por Lisboa. E talvez Presidente da Assembleia da República. Percebe-se agora que ele queria ser presidente de alguma coisa. Eis, pois, como 600 mil votinhos destinados a moralizar a política e subverter o sistema partidário foram assim, direitinhos, para o galheiro. Pois bem: o PSD pensou que Nobre era uma boa carta. Cheira-me que a originalidade vai sair cara aos dois. Se chegar às urnas, claro. (Pelo meio, agradeçam também ao doutor Mário Soares o contributo para a «invenção» Fernando Nobre).

“A implementação dogmática do “quanto menos Estado melhor Estado” e do “mercado auto-regulador por excelência” levou à derrocada do sistema ultraliberal tóxico. (…) os estados, tão vilipendiados e sob permanente suspeita (…) socializaram as colossais perdas, injectando doses maciças de dinheiro tanto em avales como a fundo perdido.”
Fernando Nobre

in A DEVIDA COMÉDIA

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