Não gosto de santos. Nem de moralizadores de qualquer espécie. Apesar de tudo, considero os pecadores mais fiáveis. Ou leais, digamos. Fernando Nobre vai ser cabeça-de-lista do PSD por Lisboa. E talvez Presidente da Assembleia da República. Percebe-se agora que ele queria ser presidente de alguma coisa. Eis, pois, como 600 mil votinhos destinados a moralizar a política e subverter o sistema partidário foram assim, direitinhos, para o galheiro. Pois bem: o PSD pensou que Nobre era uma boa carta. Cheira-me que a originalidade vai sair cara aos dois. Se chegar às urnas, claro. (Pelo meio, agradeçam também ao doutor Mário Soares o contributo para a «invenção» Fernando Nobre).
“A implementação dogmática do “quanto menos Estado melhor Estado” e do “mercado auto-regulador por excelência” levou à derrocada do sistema ultraliberal tóxico. (…) os estados, tão vilipendiados e sob permanente suspeita (…) socializaram as colossais perdas, injectando doses maciças de dinheiro tanto em avales como a fundo perdido.”
Fernando Nobre
in A DEVIDA COMÉDIA
terça-feira, 12 de abril de 2011
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