quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SUPER-HOMEM


SUPER-HOMEM

“It’s all fucked up!”, dizia Jim Morrison. Estamos fartos de vigaristas, de charlatães, de controleiros, do elementar dos instintos primários da troca e do lucro. Uma terra inóspita, de gente mesquinha e deprimida. “All the children are insane/ waiting for the summer rain”. This is the end, beautiful friend. Isto é definitivamente o fim ou, quicá, o novo começo. Não me venhas agora dizer que está tudo morto, que já nada há a fazer. Afastai de mim o vosso paleio mansinho. Afastai de mim os vossos negócios, e a vossa conversa de velhas. Não quero saber de niilismos nem de humildades. Não trabalho nem me sacrifico. Só trabalho, só me sacrifico em prol da revolução. E ela está próxima. E ela sorri. Sorri no meio do caos, no meio do dilúvio. Vem ter comigo quanto mais me dais.
Vivemos estes anos todos para chegar aqui. Passámos todos estes infernos para chegar aqui. Somos o mundo. Somos daqui. Ninguém nos pode tirar daqui. Estamo-nos a cagar para o além! Queremos o aqui e o agora! Os vindouros que venham a seu tempo. Isto é nosso! Absolutamente nosso! Não há aqui presidentes nem primeiros-ministros. Estamos a falar da construção do homem. Não da bolsa, não do banco, não dos trocos. Estamos a falar no super-homem.

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