terça-feira, 23 de novembro de 2010

MANIFESTAÇÃO ANTI-CAPITALISTA


sabotagem. A greve não pára aqui!
.por Paulão Insubmisso a Terça-feira, 23 de Novembro de 2010 às 9:52.Esta manifestação é convocada por diversos colectivos e está aberta à participação e convocação de todos os anticapitalistas e antiautoritários.



Data:

24/11/2010 - Hora: 15:00

Local:

Pç. do Camões





Colectivo Matéria Bruta* convida à participação:





No dia em que há um apelo à greve geral, convocada pelas centrais sindicais portuguesas, um grupo de colectivos e de pessoas singulares, solidariza-se com a greve. Sim, solidarizamo-nos com esta greve, mas não vibramos de falsa consciência e entusiasmo!



Não queremos continuar entorpecidos por uma vida de trabalho e de rotina, nem continuar a ouvir a mesma lenga-lenga de sempre, de que nos é bastante necessário ganhar a vida. Pretendemos um outro caminho de luta, a adoptar por qualquer um/a que nele se reveja, pois pensamos que se confunde a impossibilidade de dar uma grande solução para o mundo com a aceitação das coisas tal qual elas se apresentam.

A democracia capitalista actual rege a vida da maior parte da população mundial, sendo esta pouco ou nada ouvida sobre as políticas que a governam e assumindo-se, na prática, como um mero instrumento de produção nas mãos de quem detém o título de patrão ou governante.



Contra este estado de coisas construir alternativas é a expressão maior da resistência e é com essa ideia que o colectivo Matéria Bruta apela à auto-organização de todos, propondo que se assuma assembleariamente, com uma perspectiva de partilha e solidariedade, a resolução dos problemas e dos desafios que se colocam nas nossas vidas.



No dia 24 de Novembro apelamos à participação de tod@s na Manifestação Anti-Capitalista, ao Largo Camões. Ao mesmo tempo que apelamos a que a greve não páre aqui, que continuemos a construir nas nossas vidas modelos que estimulam a justiça social e ecológica, geridos de forma horizontal e não-hierárquica. Damos o pontapé de saída e realizamos uma iniciativa que coloca em prática, já neste momento, aquilo que preconizamos para as nossas vidas.



Queremos juntar pessoas, reavivar espaços e fazer deles um ponto de encontro privilegiado para viver em auto-gestão. Não pedimos nem ao patrão, nem ao sindicato, nem ao governo, aquilo de que necessitamos, mas organizamo-nos com @s noss@s companheir@s, de forma a sermos senhor@s das nossas vidas, partilhando em comum os frutos da nossa construção.

Esta manifestação é convocada por diversos colectivos e está aberta à participação e convocação de todos os anticapitalistas e antiautoritários.





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G3 : Grupo dos três





O contexto de crise generalizada que levou à convocação de uma greve geral por parte dos maiores sindicatos nacionais não nos deixou indiferentes.Contudo, não nos revemos na ideia da luta pela estabilidade que marca essa contestação sindical. É a mudança aparente para que tudo permaneça.



Se depender dos sindicatos e dos partidos de esquerda, esta greve será mais uma encenação para tentar demonstrar que a luta para “mudar de rumo” pode ser feita num só dia, dentro dos limites legais, quando e como eles quiserem.

Cabe-nos a nós cagar nesta gente e compreender que individual e/ou colectivamente podem ser feitas diversas acções de protesto consoante os problemas de cada um/a.



Não basta não ir trabalhar, será necessário criar hábitos de luta contra quem nos explora desde sempre - com ou sem crise! com ou sem défice! com ou sem FMI!

Quantas “gloriosas jornadas de luta”, quantas multitudinárias marchas na Avenida da Liberdade, quantos abaixo-assinados não foram já promovidos pelos sindicatos? E o que é que mudou?



Para saber quem são os nossos exploradores basta ver quem são os parceiros sociais: Estado, patronato e sindicatos. E os pactos de paz social que assinam garantem que nada vai mudar.



Não há reforma possível para um sistema escravizante. Não queremos, por isso, radicalizar o tipo de luta dos sindicatos, um simples jogo de forças para conseguir acordos mais favoráveis, após os quais o militante, obediente e disciplinado, pode baixar a guarda. Queremos, isso sim, travar uma luta sem mediadores que atinja realmente quem nos oprime.



Não queremos esperar pelo pior – isso só o deseja quem quer tomar o poder –, nem esperar pela conjuntura ideal – quem espera por sapatos de defunto morre descalço –, há que tomar as nossas vidas nas nossas mãos e para isso é necessário agir já.







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Colectivo Os invisíveis



Quem é que ainda confia nesta gentinha que nos governa?

Falam-nos, dia sim, dia sim, da crise. Nos jornais e nos telejornais, no parlamento e nas empresas, a mesma conversa, a mesma sensação de que nos estão a ir ao bolso. E já nem outro pão conseguem vender. A austeridade que nos é proposta não se disfarça sequer com anúncios de melhores dias. A partir de agora, tudo serão sacrifícios.

Cada vez se torna mais claro o significado da palavra crise: um assalto descarado, um roubo organizado. O défice, a competitividade ou a rigidez da legislação laboral não são senão argumentos para nos explorarem mais e melhor. A crise é este sistema, o próprio capitalismo.



Perante esta realidade, uma evidência: ninguém aceita esta chantagem. A oposição ao cenário de desolação financeira, económica e social, mais do que propor reformas do sistema financeiro, políticas de emprego e um capitalismo um pouco menos selvagem, terá de romper, bloquear, paralisar o funcionamento da economia, interromper os seus fluxos, desmantelar os seus dispositivos.



Estamos com esta greve porque parar a economia é danificar o núcleo do sistema capitalista e tudo o que a isso conduza só pode ser bom. Manifestamo-nos fora dos sindicatos e dos partidos, porque a nossa raiva não é negociável e as nossas vidas não têm preço.



Nós tomámos uma opção: não reivindicamos nada nem pedimos nada. Viemos buscar o que é nosso.



Desejamos que as rupturas se multipliquem e agreguem, neste momento em que o capitalismo está emperrado e os governantes aterrorizados. Temos aguardado por uma oportunidade para nos livrarmos do passado de uma vez por todas. Temos aguardado que alguma coisa nova comece. É tempo de começar.

Esta manifestação é convocada por diversos colectivos e está aberta à participação e convocação de todos os anticapitalistas e antiautoritários.





Aparece! Divulga!























Panteras Rosa



MANIF ANTICAPITALISTA : PELO BLOQUEIO E PELA SABOTAGEM - 24NOV 15H LGO CAMÕES



Não somos moeda e a nossa liberdade não é para troca.



O poder já nos habituou às tentativas de compra dos movimentos sociais, com políticas reformistas que reforçam, mais do que combatem, um sistema capitalista excludente, criador e alimentador de desigualdades.



Façamos-lhes a vontade – dizem elxs. Façamos a vontade axs feministas, às fufas e axs trans*, axs imigrantes, às putas e às bichas ou axs bissexuais. Façamos-lhes a vontade, desde que não coloquem em causa o sistema heteropatriarcal e capitalista, claro! Dêem-lhes o casamento entre pessoas do mesmo sexo, até porque isso reforça a hegemonia monogâmica – mas não xs deixem adoptar; dêem-lhes a igualdade formal de oportunidades entre mulheres e homens porque isso xs convence de que só há mesmo homens OU mulheres – e continuemos a difundir, na saúde, na justiça, na educação, os valores que xs escravizam a papéis sexuais restritos; dêem-lhes uma lei que facilita a mudança de nome, nos documentos das pessoas transexuais - mas continuemos a apregoar que são doentes mentais; dêem-lhes a legalidade da prostituição – mas não lhe chamem trabalho nem se conceba que possa ser uma escolha; deixem xs imigrantes viver no NOSSO país – mas desde que seja para fazer o mais precário dos trabalhos e desde que possam ser expulsxs quando nos for conveniente. Dêem-lhes políticas reformistas, a ver se temos movimentos sociais mais consolados e bem-comportados, enquanto continuamos a vigiar e a excluir os corpos, os desejos ou as identidades não rentáveis.



Pois, mas a nós, as políticas reformistas não nos consolam nem calam. Não aceitamos a exploração capitalista, como se de um elemento integrativo se tratasse. Não aceitamos que os direitos humanos sejam moeda de troca. Não aceitamos lavagens cor-de-rosa. Não aceitamos que o governo ou “os mercados” decidam quem explora, quem é exploradx e quem beneficia dessa exploração. Não somos moeda e a nossa liberdade não é para troca.



É isso que vamos dizer no próximo dia 24 Nov, na Manif Anti-capitalista: pelo bloqueio e pela sabotagem. A greve geral deve significar não só a paragem de todo o sistema de produção, como nos pedem os sindicatos, mas também, e sobretudo, a evidência da revolta contra a opressão capitalista. Por este motivo, a greve geral é o dia de todxs sairmos à rua, mostrando que queremos e estamos dispostxs a tudo, por um sistema político, económico e social de todas e para todas as pessoas (e não de algumas e para uns poucxs); para mostrar que queremos, e estamos dispostxs a tudo, por um sistema que não seja escravo dos interesses de unxs, à custa de muitxs.

MANIF ANTICAPITALISTA : PELO BLOQUEIO E PELA SABOTAGEM - 24NOV 15H LGO CAMÕES

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