O perfil da Esquerda Anticapitalista no Facebook foi cancelado depois de esta organização política ter publicado uma convocatória para a participação na contra-cimeira da NATO em Lisboa, que decorre este mês na capital portuguesa.
Normalmente o Facebook cancela páginas se houver denúncias, por incumprimento do código de conduta ou por um erro técnico (Thierry Roge/Reuters)
Com mais de 1.500 seguidores e criado há vários meses, o perfil relata com regularidade as acções levadas a cabo por este grupo partidário que considera o cancelamento do perfil um “acto de censura”.
Em comunicado publicado na sua página na Internet, o partido explica que a decisão “arbitrária” de fechar a página “só pode ser entendida como uma forma de cortar a liberdade de expressão e o uso aberto desta ferramenta”.
“Uma ferramenta que muitos movimentos sociais e políticos da esquerda alternativa usam como instrumento para organizar e ampliar as suas acções e propostas”, explica o partido que entretanto criou já nova página no Facebook.
O cancelamento da página ocorreu 24 horas depois do partido ter anunciado que estava a fretar um autocarro para levar manifestantes anti-NATO a Lisboa.
A decisão, segundo Raul Camargo, porta-voz do partido, foi tomada de forma “imediata e sem aviso prévio”.
Camargo considera que “deve ter havido uma denúncia”, insistindo que “alguém está muito interessado que não se vá a Lisboa protestar”.
Normalmente o Facebook cancela páginas se houver denúncias, por incumprimento do código de conduta ou por um erro técnico.
“É eliminado todo o conteúdo obsceno, violento, malicioso ou ofensivo”, explica a rede social.
Camargo rejeita que a convocatória da Esquerda Anticapitalista constitua uma violação destas normas, afirmando que “há até grupos neonazis que continua vivos no Facebook” apesar de denúncias.
“Se alguém não quer que estejamos em Lisboa protestar, nós iremos ainda com mais força”, explica Camargo.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
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