sexta-feira, 5 de março de 2010

RIBEIRO NO ART 7


O poeta António Pedro Ribeiro esteve ontem no bar Art 7 em São João da Madeira a apresentar o seu manifesto poético e político, bem como a sua candidatura anarquista à Presidência da República. "Poema de Amor Inocente em Jeito de Manifesto Autárquico para a Cidade do Porto", "Futebol-Dada", "Se me Pagares uma Cerveja estás a Financiar a Revolução", "Carta à Minha Mãe", "O Dia Triunfal", "Homem Livre" e a já célebre "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" foram alguns dos poemas e manifestos ditos pelo poeta. António Pedro Ribeiro não separa os referidos poemas e manifestos da sua candidatura. " Vivemos dominados pela economia e pela linguagem económica: uma linguagem pobre, castradora, entediante feita de percentagens, PIB's, contas, bancos", disse. "Está tudo no mercado, tudo na bolsa, tudo se compra, tudo se vende", acrescentou. Para o poeta ,que vê cada vez mais gente deprimida, triste, descrente, "uma sociedade, como a do mercado, que faz as pessoas infelizes não presta". Mas para a combater o discurso económico dos partidos de esquerda já não é eficaz. Daí falar-se no "Homem livre", na construção do Homem, na recuperação da vida.
"Temos um primeiro-ministro controleiro, vigarista e até fascista. Temos um Presidente da República conivente, ao serviço do grande mercado e da linguagem mercantil da morte. Que alma têm estes homens? É preciso falar na vida", disse o poeta que seguidamente disse o poema/canção "When The Music's Over" de Jim Morrison. Interrogado sobre as primeiras medidas que tomaria caso fosse eleito Presidente António Pedro Ribeiro respondeu que encerraria a Bolsa e que tentaria tirar os sem-abrigo da rua, dando-lhes comida, bebida e abrigo. "Se há dinheiro para os TGV's também tem de haver para os que nada têm", justificou.
A sessão foi aberta a todos os presentes como tem acontecido no Art 7 e o público jovem compareceu à chamada. Angel Pinho, A. Da Silva O., Tiago Moita, Luís Carvalho e Manuela Correia, entre outros, disseram poemas seus e de outros e Carlos Andrade esteve à guitarra.

Sem comentários: