segunda-feira, 22 de março de 2010

O NOVO COMEÇO

Posso começar agora. É entre os livros que me sinto bem. Três trouxe-os da biblioteca: "Big Sur e as Laranjas de Jerónimo Bosch" de Henry Miller, "Os Vagabundos do Dharma" de Jack Kerouac, "Antologia" de Pablo Neruda. Dois comprei-os por 1,5 euro numa daquelas lojas que vende um pouco de tudo: "A Revolução Francesa" de Paul Nicolle e "Lolita" de Vladimir Nabokov. De facto, posso começar de novo. Este é, pode ser, o primeiro dia. Aqui na póvoa, no "Ultramar". Os livros fascinam-me. Atrás deles corro. Pelos livros deixo de olhar para as mulheres. E sei que posso começar de novo. Escrever de uma forma límpida sem, no entanto, deixar de ter tendências beatnick. Sei que sou capaz de chegar lá. Sei que, aqui e ali, tenho estado a escrever "o livro". O "Dia Triunfal" que "A Voz da Póvoa", graças ao artur Queiroz, publicou já é um claro esboço. E depois há o livro sobre o Super-Homem nietzscheano que o César me propôs. É para criar, para produzir que estou aqui vivo. Nada mais. Ontem vi a fantasia de Mélies na televisão. Vibrei com Mélies e a sua capacidade imaginativa. Que estamos a fazer aqui se não criamos, se não lemos, se não trabalhamos na construção da arte? Que utilidade tem a vida se for apenas comer, beber e trocar dinheiro por mercadorias? Qual o interesse em andar apenas atrás da próxima refeição ou do próximo salário? Que é o Homem se não se entrega à leitura e à criação? Que é o Homem sem o trabalho criativo?

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que ias gostar de ouvir este LP:

http://lpcoverlover.com/2010/03/09/your-cash-aint-nothing-but-trash/