Durante uma palestra numa universidade de Istambul
Estudante turco atira sapatilha contra director-geral do FMI
01.10.2009 - 13h56 Agências
Um estudante turco atirou esta manhã uma sapatilha contra Dominique Strauss-Kahn, director-geral do FMI, sem o atingir. O incidente muito semelhante ao que em Dezembro do ano passado visou o então Presidente americano, George W. Bush, durante uma visita a Bagdad.
O responsável francês terminava uma palestra numa universidade de Istambul, onde se encontra para as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, quando um jovem desceu a correr o auditório, gritando “FMI vai-te embora da Turquia”, relata a AFP. O estudante teve tempo para lançar uma das suas sapatilhas contra Strauss-Kahn, antes de ser dominado por vários agentes de segurança, que o levaram de imediato para o exterior.
A sapatilha aterrou a um metro do director-geral do FMI que, de microfone na mão, tentava manter o sorriso.
Segundo as televisões turcas, o jovem chama-se Selçuz Ozbek e é um estudante da universidade pública de Eskisehir, no noroeste do país.
O rapaz era acompanhado por uma dezena de estudantes filiados no Partido Comunista turco (TKP) que foram também levados para fora da sala quando tentaram desenrolar uma faixa com inscrições contra o FMI e o AKP, o partido islamista no poder. O Governo de Recep Erdogan está actualmente a negociar com a instituição internacional um novo empréstimo, semelhante ao que em 2005 permitiu ao país evitar o colapso do seu sistema financeiro, fragilizado por uma crise que se arrasta desde o início da década.
Já depois do final da sessão, a porta-voz de Strauss-Kahn garantiu que o dirigente até ironizou com o incidente, dizendo que “os estudantes foram pelo menos bem-educados ao esperar pelo final da sessão”.
Muntazer al-Zaidi, o jornalista iraquiano que atirou os dois sapatos contra o Presidente americano, foi libertado há duas semanas, depois de cumprir nove meses da pena de prisão a que foi condenado por ofensa a um chefe de Estado estrangeiro. Após a libertação, acusou as forças de segurança iraquianas de o terem torturado na prisão e exigiu um pedido de desculpas do Governo.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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