sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ANIMAL POLÍTICO


No "Piolho"
o Sócrates fala sem som
e é sem som
que ele deveria continuar
assim já não engana ninguém
já não faz jogos de retórica
foi assim que o Joaquim Castro Caldas
o deixou em Famalicão
há quatro anos atrás
assim sem pio é que estás bom
aquele ar sério, grave
arrogante
governamental
aquele sorriso maquinal
que vem, de vez em quando,
a gravata
a pose
o movimento dos lábios
o piscar dos olhos
toda a sobriedade
do animal político
daquele que vive do e para o voto
daquele que nos comanda
daquele que nos saca a vida.

"Piolho", 15.10.2009

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