sábado, 23 de maio de 2009

DE BRAGA SEM GLÓRIA


Saio de Braga sem glória. À sessão da "Centésima Página" não assistiu quase ninguém. Salvaram-se as mamas da gaja do bar. Mas mesmo assim tive de ficar em Braga até ao último comboio. Tive de curtir Braga até ao fim. Tive de fazer amor com Braga. Não percebo. Em anos anteriores veio mais gente. É certo que houve pessoas que ficaram de aparecer e não apareceram. Paciência. Ficam lá os livros para quem os quiser comprar. Ficam os livros para quem os apanhar. Agora estou na estação à espera que o comboio parta. E não sei o que vai ser o dia de amanhã. Amanhã penso nisso. Que se foda! De qualquer maneira não estou assim tão mal. Vim a Braga mais uma vez. E eu gosto de estar em Braga, gosto de estar na "Brasileira". E o comboio parte. Vou deixar Braga. Adeus, Braga! Até á próxima! Amo-te muito. Amo-te mais do que a qualquer outra terra. Aqui cresci. Aqui renasci. Aqui sou eu próprio. Aqui sou quem sou. E isso ninguém me tira. Ferreiros. Eis a minha glória. A glória que não tive há pouco. Sou de Braga. É em Braga que me sinto em casa. Apesar de já não ter aqui casa. Olha! Aqui há revisora. E não é nada de se deitar fora. Enfim, para compensar a coisa ontem no Clube Literário correu melhor do que o esperado. Só falta pagarem "cachet" como no Campo Alegre. Enfim, se hoje tivesse alcançado a glória já andava para aí a alucinar. É preciso ver o lado bom das coisas. E a Cláudia que nunca mais liga. E eu sem saldo no telemóvel. E as mamas da gaja que dão vontade de mamar. Se me tivesse sentado em frente a ela era capaz de apanhar porrada do marido. Cuidado, Ribeiro, que isto é gente ciumenta. Cuidado, Ribeiro, que esta merda ainda rebenta. Cuidado, Ribeiro, que um gajo não se aguenta. E lá vem a revisora. CHoc! Choc! Choc! Antes revisoras que máquinas! (...)

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