terça-feira, 3 de março de 2009

LOUÇÃ E A BOA NOVA


LOUÇÃ E A BOA NOVA
António Pedro Ribeiro

O Louçã tem razão acerca de quase tudo quanto diz sobre o Governo. No que toca ao desemprego, aos bancos, aos salários baixos. Louçã tem-se tornado uma espécie de profeta, de pregador que o povo ouve com redobrada atenção. Louçã parece infalível.
Também nós nos deveríamos converter numa espécie de pregadores. Não nascemos para trabalhar mas para pregar a Boa Nova, escrevemos já algures. Mas não temos de saber todos os pormenores técnicos como o Louçã. Nem queremos alcançar o poder como o Louçã. Devemos apenas dizer que há uma diferença de vida e de morte entre a sociedade mercantil e aquilo que desejamos. Que os economistas e os governos pregam a morte alicerçada em percentagens e estatísticas enquanto que nós falamos a linguagem da poesia, do amor, da liberdade. Contra a economia e o mercado propomos o espírito livre de Nietzsche, contra a sobrevida ou subvida ou sub-homem propomos a vida e o super-homem. Eis o que nos distingue do Louçã.

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