segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

NAZIS DE ISRAEL FORA DE GAZA


Número de mortos sobe para 555
Confrontos entre Exército israelita e activistas do Hamas intensificam-se na cidade de Gaza
05.01.2009 - 19h53 Agências
A cidade de Gaza é palco de violentos combates entre o Exército israelita e o braço armado do movimento radical Hamas. Enquanto vários países e entidades pressionam o cessar-fogo, o número de palestinianos mortos subiu para 555.

Só hoje já foram mortos 50 palestinianos dentro da Faixa de Gaza, dos quais doze são crianças, anunciou o chefe dos serviços de urgência do território palestiniano, Mouawiya Hassanein. Mesmo assim, Israel parece irredutível a realizar o cessar-fogo.

A ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, rejeitou hoje os apelos a um cessar-fogo dos diplomatas europeus em visita a Jerusalém. “Nós combatemos o terrorismo; não faremos acordos com eles”, afirmou Tzipi Livni, referindo-se aos islamistas do Hamas.

George W. Bush diz “compreender” o desejo de Israel de se defender, embora queira o término do conflito, Bush defende que o Hamas tem que dar as condições que Israel deseja para o cessar-fogo. “Qualquer cessar-fogo tem que garantir as condições de que o Hamas não se sirva de Gaza para disparar os ‘rockets’”, disse o ainda Presidente dos Estados Unidos, citado pela AFP.

No terceiro dia da invasão terrestre, várias dezenas de combatentes do Hamas enfrentam o exército israelita no bairro de Choujaiya, no leste de Gaza, adianta a AFP com base em vários testemunhos palestinianos. No bairro ouve-se continuadamente explosões enquanto os helicópteros continuam a disparar raides. O Hamas afirmou ter acertado em sete tanques com os seus ‘rockets’ contra a artelharia.

Os combates continuam noutros locais da Faixa de Gaza. A situação humanitária vai se degradando, a maioria da região está sem electricidade e a água e os mantimentos vão escasseando. Desde que a ofensiva se iniciou a 27 de Dezembro, o número de feridos já chegou aos 2700.

O alto-comissário da ONU para os refugiados, António Guterres, já exigiu a abertura das fronteiras para permitir que os palestinianos possam abandonar o território. “Aqueles que querem fugir da Faixa de Gaza, devem poder fazê-lo e encontrar segurança noutros países, de acordo com as leis internacionais”, disse o antigo primeiro-ministro português.

Enquanto isso, os esforços diplomáticos continuam. O Presidente francês Nicolas Sarkozy, depois de ter tomado o pequeno-almoço com o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, viajou para a Cisjordânia, onde afirmou que a violência em Gaza deve cessar “o mais rapidamente possível”, e mais uma vez condenou a ofensiva terrestre israelita e responsabilizou por sua vez o Hamas.

“O Hamas agiu de uma forma imperdoável e irresponsável” e “carrega uma grande responsabilidade no sofrimento dos palestinianos em Gaza”, acrescentou Sarkozy, referindo ainda que a Europa vai fazer de tudo para conseguir o cessar-fogo.

Abou Obeida, o porta-voz das brigadas de Ezzedine al-Qassam – o braço armado do Hamas –, afirmou que milhares dos seus combatentes estão prestes a entrar em combate contra o exército israelita nas ruas de Gaza.

Por seu lado, o chefe mais influente do Hamas que está em Gaza, Mahmoud al-Zahar, afirmou que a “vitória vai chegar graças a Deus”. Segundo a AFP, o Hamas acusou Sarkozy de estar a favor de Israel.

Os activistas palestinianos continuam a disparar ‘rockets’ para o território do Sul de Israel. Quatro israelitas já morreram desde 27 de Dezembro. No exército, um soldado foi morto, e 55 foram feridos depois da invasão terrestre ter iniciado, sábado passado.

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