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O poeta vai ao consumismo
o poeta senta-se
apetece-lhe berrar
olha para as gajas
quer-lhes o sangue
sem o sangue delas
não consegue escrever
escrever é tudo para ele
é a sua razão de ser
o poeta agora brinca
dá cambalhotas
olha para as gajas
come-lhes o cu
o poeta é doido
não tem limites
gosta de sobressair
o poeta caga, mija
masturba-se na àrvore de Natal
o poeta odeia o cidadão normal
o poeta não trabalha
o poeta não obedece
o poeta só quer saber das gajas
o poeta é um ser àparte.
"Norteshopping", Dezembro 2008.
1 comentário:
já sabemos que sim...
csd
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