quinta-feira, 9 de outubro de 2008

DO AMOR


O amor, diz Sócrates, é o desejo de possuir o bem para sempre. O amor, diz Sócrates, é gerar e criar no belo. É a nós, criadores, que cumpre zelar pelo amor. Nós, criadores, desejamos a imortalidade, tentamos perpetuar-nos através da obra. Daí que tenhamos de cantar o amor, de imortalizar o amor. É certo que não temos de sentir amor pelos financeiros, pelos agiotas. Por esses individuos só podemos sentir desprezo. Mas, no restante, podemos pregar o amor. Não temos de ser moderados como os filósofos, como os educadores. Para as mulheres cantarenmos o amor louco de Breton e de Hakim Bey. Vamos cantá-las como deusas, faremos hinos ao seu corpo, à sua alma, à sua beleza. Cantaremos também a fraternidade, o amor entre os homens, a generosidade. Vamos abster-nos de todo e qualquer discurso economicista. Cantaremos o despojamento, a liberdade, a utopia. Diremos que a felicidade é aqui e não nos céus. Que é possível um mundo sem dinheiro e sem trabalho. Que o amor e a liberdade coexistem nos espíritos livres. Que o amor é a solução.

5 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

e quando se trabalha com amor naquilo que se faz, seja por exemplo na escrita no ensino, como terapeuta de grupo na recuparação de pessoas com desajustamentos sociais.

eu acredito que é possível encontrar um trabalho que se possa amar...


eu amo escrever, por exemplo, embora me tenha baldado um pouco ultimemente.

Bem, não exactamente...eu tenho ecrito, só não tenho passado o que escrevo a computador...

:-))

CSd

A. Pedro Ribeiro disse...

tens de seguir a tua estrela, miúda.

Claudia Sousa Dias disse...

obrigada.


um beijinho.

Claudia Sousa Dias disse...

Ah...eu queria ter o rabo como o daquela miúda.

Se a inveja matasse...


CSD

A. Pedro Ribeiro disse...

bem, bem...