terça-feira, 23 de setembro de 2008

IDADE DO OURO


Afinal há quem se lembre de mim. Do meu nome, da minha obra. Queimemos o dinheiro! Queimemos o dinheiro porque o dinheiro e o mercado dão cabo de nós. À sociedade-espectáculo demos espectáculo. Ao caos demos o caos. E celebremos o eu. Nada está acima de mim, da minha liberdade. Não temos de ser materialistas nem meros batedores de palmas. E gritemos! Gritemos como loucos. Demos cabo dos ouvidos ao público. Um mundo novo. Um mundo novo que se abre. A Idade do Ouro. És livre. Faz o que quiseres. Parte vidros. Assalta comboios. Caga na ignorância. Já não tens de viver reprimido nem deprimido. Já não tens de obedecer a nada. Já não tens de andar direitinho como o teu vizinho. És um homem livre. Ninguém te pode tirar isso. Ninguém te prende. Não dependes de ninguém. Já não há rebanho. Cantas o que queres. Estás na Idade do Ouro.

Sem comentários: