domingo, 28 de setembro de 2008

GAJAS DA TV


As gajas da TV exibem-se na TV. Até que não me importava de ser entrevistado por uma gaja dessas. O meu anarquismo permite esses desvios. Deixei de ser rígido nas minhas convicções. Até simpatizo mais com o Dali. Para lá da pintura, que é genial. Mas esse mundo "avida dollars" também é o mundo que eu combato. Como posso querer dinheiro se quero queimar o dinheiro? Com as minhas ideias tenho que me manter à margem. Mas se fosse convidado para ir à televisão não recusaria o convite. Diria para lá, quando menos se esperasse, umas das boas. Umas das boazonas. Quando começo a falar das boazonas o pessoal ri-se. Nada tenho a ver com a guerra entre televisões. A minha guerra é outra. Sou da guerrilha. Sou do Che e de Sade. Quero uma revolução que seja mundial. QUero acender o rastilho. Quero pegar fogo a esta merda. Às gajas boas, não. Sou o poeta que recomeça. Sou o poeta que tropeça e se levanta. Sou o poeta que tu queres apanhar. Sou o poeta à beira do mar. Sou o poeta que olha para as gajas e fica á espera. Sou o poeta que desespera. Sou o poeta em pé de guerra. Sou o poeta que fica. Sou o poeta que arde. Sou o poeta que queima e teima. Sou o poeta que te rodeia.

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