segunda-feira, 15 de setembro de 2008

E O MERCADO SEM CONTROLE


Ministro das Finanças comenta falência da Lehman Brothers
Teixeira dos Santos surpreendido com duração da instabilidade nos mercados financeiros
15.09.2008 - 18h53
Por Lusa
Pedro Cunha (arquivo)

Teixeira dos Santos diz que a evolução da falência do Lehman Brothers deve ser acompanhada atentamente
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, manifestou-se surpreendido com a duração da instabilidade que tem afectado os mercados financeiros, hoje agravada com o anúncio da falência do Lehman Brothers, o quarto maior banco norte-americano, reconhecendo o impacto negativo que esta crise tem nos agentes económicos.

"Creio que há uma ano atrás todos esperávamos que esta situação e a incerteza que daí decorria se pudesse desvanecer mais rapidamente", declarou Teixeira dos Santos à margem do fórum dos empresários e gestores portugueses e luso descendentes de França, em Paris, quando confrontado com as consequências da falência do Lehman Brothers.

O ministro português afirma que a crise "está a ter uma duração que está a surpreender todos". "Ninguém há um ano atrás esperaria que se demorasse tanto tempo a ultrapassar esta situação nos mercados financeiros", acrescentou.

Teixeira Santos defendeu que é "importante" que as autoridades europeias e nacionais, incluindo as portuguesas, "sigam atentamente" a evolução da situação em consequência da falência do Lehman Brothers, "preservando a solidez e a estabilidade das suas instituições financeiras".

O membro do Governo sublinhou que "o próprio Banco Central Europeu já teve o cuidado de intervir no mercado, injectando liquidez, concertando-se com as autoridades nacionais, com outras autoridades de outras regiões, como os EUA, procurando manter a normalidade do funcionamento dos nossos mercados monetários, que é fundamental".

O ministro das Finanças reafirmou que, apesar da revisão em baixa das previsões de crescimento económico na Zona Euro, só irá divulgar o novo quadro macroeconómico quando apresentar o Orçamento do Estado para 2009 em meados de Outubro.

in PÚBLICO.

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