segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

MY KING


A TV envenena
a TV destrói
a cerveja envenena
a cerveja mói

Não há mulheres para ti
meu rei, meu único rei
my king, my only king

Vives na época errada
de vez em quando
aparece-te uma gaja marada
que te acende
de vez em quando a luz
de vez em quando a vida
de vez em quando
my king, my only king
de vez em quando
és quem queres
de vez em quando
és Deus

A cerveja mói
faz-te escrever
Há quem te saúde e grite o teu nome
há quem te ponha no trono
há quem te veja como o mago que és
de Nietzsche de Rimbaud
da Idade do Ouro
do Uno Primordial
de vez em quando
my king, my only king

Mas isto dói, dói tanto
que nem sei se vale a pena estar aqui

e o velho pega nas muletas
e tu tens de rir
enfrentar a fera
tens de rir de desprezo
na cara da angústia
tens de rir
até ao fim da noite
tens de rir
mais alto do que eles
demoradamente entusiasticamente
tens de rir
até cair
my king, my only king
meu mago doido, meu poeta.

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