segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
VOZES
Deixai-me, vozes!
Enlouqueço!
Deus em mim
esfaqueado
em sangue
Nietzsche! Nietzsche!
Meu canto ébrio!
Vozes que me perseguis
há milénios
deixai-me a sós
com os meus brinquedos
Flautistas de Holderlin
só vós me enfeitiçais
só vós dais cabo de mim
Deus...sangue de mim...
e os personagens multiplicam-se
Cristo ébrio
poema louco
Jim à beira do fim
Braços abertos
raciocínios libertos
a explodir
a transbordar
cálice Graal
para lá do bem e do mal
Deus em mim...doido
olha os cavaleiros
que ele tem
são sete
sete sóis sete luas
a caminho do infinito
Deus em mim...doido
Deus em mim...canto
Deus em mim...saqueio
Nietzsche em mim...a rir
com as Bacantes
cânticos dionisíacos
em redor da fogueira
Filho da mulher,
quem te quer?
Hei-de acabar entre destroços
e garrafas de whisky
To write all night long
to sing all my song
for you...just for you,
my queen
where have you been,
my only queen, my siren?
Exércitos que me perseguem
exércitos que me protegem
Deus...em sangue
Dyonisos, where is my queen?
Deixai-me vozes,
que enlouqueço!
Não quero mais o vosso jogo
não quero acabar no hospício
no precipício
a vegetar, postiço
inchado, medicamentado
Mas, por outro lado,
a luz chama-me chama-me ama-me
I'm beggining to see the light
Deus Satã Nietzsche Rimbaud
Dyonisos, my king,
where is my queen?
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