segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

OBRIGADO, DINO



Poema dedicada ao meu amigo António Pedro Ribeiro.


Vinte e dois de Dezembro de dois mil e oito.





Alguns minutos antes ou depois de um Natal qualquer!





De onde te avistei logo senti Deuses de canto e de luta,

homens nus no meio de um palco,

assassinos,

E porque tens esse dom de sangue e de palavra,

de livre pensamento e de catarse,

de ofegante sentimento e de extâse

pedra tua universal e pura.

Há em nós palavras não ditas, ideias perdidas ao longe,

E porque tens a vingança temente na língua pronta e audaz,

Como se fosses ceifar uma colheita urbana de gente, e morresses para a colher toda. Cessando logo

de seguida a empreitada, farto.

E para que um teu imperativo não seja ainda e só Kantiano nem Kafkiano, nem Guevarista nem

louco, nem Pessoano nem Camiliano

Nem Queirosiano...

Nem fiel a nenhuma pátria, nem dono de nenhum império,

Nem somente uno, nem teu,

Nem simplesmente tua posse ou tu seu feitor,

Pelo Natal me lembrei de dizer,

que senti no teu navio o canto de Deuses em luta.

Dino Almeida.

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