sábado, 1 de dezembro de 2007

LUZ


Luz! Luz! Faça-se luz!
Possuído por um deus
celebro festins interiores

Luz! luz! Faça-se luz!
Em busca de iluminações
atiro-me contra as paredes

Luz! Luz!
Pedaços de mim
esvoaçam sublimes

Luz! Luz!
Meu canto doido
para lá dos homens!

Luz! Luz!
Para lá das montanhas
para lá das cidades!

Luz! Luz!
À mesa do café
percorro eternidades

Luz! Luz!
Ao poeta das trevas
ao vagabundo das eras!

Luz! Luz!
Dá-me vinhos, licores
mostra-me a saída!

Luz! Luz!
Ilha dos amores,
minha rainha!

Luz! Luz!
Meu canto doido
e um deus
que dança
a meus pés.

A. Pedro Ribeiro, Motina/Clássico Real, 1.12.2007.

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