Santana Lopes abandona entrevista à SIC Notícias cortada pela chegada de Mourinho
O social-democrata Pedro Santana Lopes abandonou ontem uma entrevista que estava a dar à SIC Notícias sobre as eleições do PSD depois da sua intervenção ter sido interrompida por um directo sobre a chegada de José Mourinho a Lisboa. "Eu vim aqui com sacrifício pessoal, e sou interrompido por um treinador de futebol… Acho que o país está doido. Não vou continuar a entrevista, acho que o país tem que aprender", afirmou Santana Lopes, antes de sair dos estúdios.
in PÚBLICO ONLINE.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
MANA CALORICA NA CASA VIVA
A banda Mana Calorica actua no espaço Casa Viva, no Porto (ao Marquês), no próximo sábado, dia 29, juntamente com os Esquizofrénicos.
O ROCKER
O ROCKER
Sou um rocker
Vivo no palco
Acendo o rastilho
Sou um rocker
Dou-me no canto
Renasço na dança
Puxo do gatilho
Sou um rocker
Nos olhos da menina
Um rocker
Nas luzes da ribalta
Sou um rocker
Estou em alta
Sou um rocker
Sigo o instinto
Sou um rocker
Vivo no palco
Prossigo o transe
Até à última dança
Sou um rocker
Nada me pára
Sou um rocker
Não valho nada.
Sou um rocker
Vivo no palco
Acendo o rastilho
Sou um rocker
Dou-me no canto
Renasço na dança
Puxo do gatilho
Sou um rocker
Nos olhos da menina
Um rocker
Nas luzes da ribalta
Sou um rocker
Estou em alta
Sou um rocker
Sigo o instinto
Sou um rocker
Vivo no palco
Prossigo o transe
Até à última dança
Sou um rocker
Nada me pára
Sou um rocker
Não valho nada.
domingo, 23 de setembro de 2007
A ILÍADA NO VELVET
A ILIADA NO VELVET
Não sou menos do que em Agosto
mas as meninas já não vêm
volto ao bar escuro
quase sem cheta
como nos anos 90
em Braga
o estrelato quase à porta
e a cidade não me dá nada
não se passa absolutamente nada
Não sou menos do que Augusto
mas à minha volta só vejo
gajos, putos e mulheres tomadas
a cidade está deserta
às vezes parece renascer
com o balançar das tuas ancas
Perdi o último metro
a estrela está só
a menina bonita já não está
e eu estou a perder a lata
nem sequer tenho cacau
para apanhar uma borracheira
sou de Braga do porto
era lá que deveria estar
e não aqui neste bar murcho
apesar da moira ser muito simpática
ao que parece,
nada se vai passar até às 6,
nem tão pouco conversas com putas,
travestis e amigos das multas
que nos oferecem poemas
e são tesoureiros da Junta de Freguesia
só putos e tédio
não há rock nada rola
e a menina bonita não está
não vai estar mais
deveria ter ido para casa-
dizem a moral e o bom senso
só aparecem putos e mais putos
e eu escrevo
porque dizem que sou um poeta maldito
com tendências alucinatórias e visionárias
e os meus admiradores e detractores
esperam isso de mim
entregue a mim próprio
com poemas, livros e palavras
que não consigo transmitir às gajas
de que gosto e espeto no papel
olho para o cu da gaja que está ao balcão
e o mundo renasce
o mundo das tatuagens
dos vidros partidos
dos automóveis
da bófia
do bailarino
do sangue na guelra
do homem em guerra
e já me apetece cantar outra vez
usar e abusar de vez
onde está a menina?
Bebo e, uma vez mais,
agradeço a amabilidade
e a doçura da Li Han
Aguardo a fiesta
sempre é preferível à conversa
dos gajos sem conversa
onde está a magia de Agosto,
de Paredes de Coura,
onde as miúdas te olhavam,
te procuravam e se metiam contigo?
Pensaste que eram tudo provocações,
"Era o Rouxinol e era a Rita",
tiveste medo e agarraste-te à menina
do Gerês que amas,
que realmente amas
e queres acariciar, cobrir de beijos,
abraçar para sempre,
a menina que ficou na tenda
enquanto tripavas no hotel
a menina que te deu de comer,
de beber e te vestiu
quando a chuva te batia nos cornos
a menina que te despertou do transe
és a estrela mas permaneces teso
e as ancas continuam a balançar ao balcão
não sabes se hoje ou qualquer noite
te dirigirão a palavra
que se foda!
ao menos aqui sabes que escreves livremente
enquanto que no outro tasco
te abandonaram quando usavas da palavra
sobraram 7 ou 8
7 ou 8 amigos, 7 ou 8 espectadores
para a estrela do rock n' roll
7 ou 8...em Paredes eram 500...
o bar enche e já há algumas gajas
que não conheces nem elas te reconhecem
o resto são putos
e música foleira
aos 38 anos, o poeta subversivo e surrealista
que vai à rádio e aos jornais
no meio de putos que não sabem quem és
nem querem saber
38 anos e sobram as ancas da gaja
dos blue jeans ao balcão
38 anos e hoje de nada te vale a canção
nem tens palco para brilhar
e o teu amigo canta em Famalicão
onde deverias estar
afinal, ias lá ficar noite fora
noite fora e ninguém à tua mesa
noitr fora e os putos não gramam a tua cena
a única que te topa é a Li Han
sempre não é agarrada ao pau
como o outro camarada
e apetece-te beber a noite toda
mesmo que a noite não dê em nada
apetece-te continuar com a Ilíada no Velvet
que começou com duas loiras
no café das ruas da cidade antiga
és Dionisos, Aquiles, Ulisses
e ninguém te reconhece
já não há deuses nem semi-deuses
Esparta está minada
mesmo que fiques até de madrugada
a escrever baboseiras que ate podem
ter algo de sublime
mas não te servem de nada
tens a quem sair
sabes que não tens emenda
e podes cair de novo
touro no meio da arena
da música foleira
escreves e ninguém dança
escreves para encher a pança
ou a alma ou o caralho que seja
és a puta do rock
à cata de clientes à cata de estrelas
és a puta do rock
e cantas daqui a uma semana
és a puta do rock
e vais ficar até de madrugada
és a puta do rock
e és de Braga
és a puta do rock
e não se passa nada
és a puta do rock
e andas com as voltas trocadas
és a puta do rock
e não sacas mulher nem te esforças por nada
és a puta do rock
e o mundo é uma merda
tal como s música foleira que passa.
Aqui ninguém te ama
e escreves rock n' roll para a sanita
contas os trocos e não sobra nada
onde está a fama? A cama?
A Glória? a MULHER que te grama?
É o rock e a amiga...
é o rocker no meio do nada
a boazona do teu amigo
nem sequer te chama
é o rock sem a amiga...
é o rock e a derrocada...
é o poeta e o anarca aos papéis
até de madrugada
é o sexo à mão de semear
com o fio dental à molhada.
Até sei que isto numa "soirée" de poesia
num tasco qualquer dá direito a palmas
mas aqui...é morte d' alma
é a morte do artista
são versos para a sepultura
escrever...morder...morrer...
escrever...e acabar sem nada...
ondem páram os teus amigos,
velhos companheiros de noitada?
Onde páram aqueles
que te beijam a cara?
Poema épico até de madrugada
Lídia Cavalo de Tróia
Afrodite vinda das àguas
reis de que vens
Alexandre, o Grande,
sangue de poeta
mulher que foges
a meio da batalha
mulher que entras e sais
e te sentas ao som da batida
Allen Gingsberg beat generation
beber até ao raiar da aurora.
A. Pedro Ribeiro, VELVET, Vila do Conde.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
AS MENINAS
as meninas
quando as meninas beijam
o amor vem
quando as meninas sorriem
o amor vem
quando as meninas são bonitas
o amor vem
quando as meninas se mexem
o amor vem
quando as meninas falam
o amor vem
quando as meninas se despem
o amor vem
quando as meninas enlouquecem
o amor vem
e quando o amor vem
o mundo recomeça.
quando as meninas beijam
o amor vem
quando as meninas sorriem
o amor vem
quando as meninas são bonitas
o amor vem
quando as meninas se mexem
o amor vem
quando as meninas falam
o amor vem
quando as meninas se despem
o amor vem
quando as meninas enlouquecem
o amor vem
e quando o amor vem
o mundo recomeça.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
ANÓNIMO
terça-feira, 18 de setembro de 2007
AOS MEUS AMIGOS
AOS MEUS AMIGOS
Onde estais vós,
Meus amigos,
Que me beijais a cara?
Já partistes deste mundo
Ou continuais a caminhada?
Onde estão as conversas que nos elevam
E as gargalhadas sem medo
Que enfrentam os medíocres
E a corja mercantilizada?
Onde estais,
Irmãos de sangue,
Que bebeis da minha taça?
Camelot Elsenor
Aí celebramos a aliança.
Onde estais vós
Que sois eu
Só num bar até de madrugada?
Tentaram sempre aniquilar-nos
Encostar-nos à parede
Até à última cilada
Mas nós resistimos sempre
Ao cântico da sereia.
Onde estais, companheiros,
Agora que vos chamo
Do fundo do Totem
À beira do nada?
Bem sei que para nós
O caminho é doloroso
Mas o que nos guia
Não são as leis do mundo
Nem do mercado
Mas a luz ao fundo da guitarra.
Onde estais, amigos,
Porque não bebeis a taça?
Conquistadores do oculto
Pesquisadores da alma
O caminho somos nós
Mas a visão ainda não é
Inteiramente clara.
Onde estais, irmãos de sangue,
Companheiros de noitada?
Abençoados malditos
Reis sem trono
Esperamos a última batalha.
Olhos de Deus
Voz de Satã
Iluminações
Até ao fim da estrada.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
O POETA VEM
O poeta vem e senta-se
a menina dos olhos está grávida
o poeta vem e senta-se
a menina do encontro
ainda não chegou
mas ainda está dentro da hora
o poeta vem e senta-se
não se passa nada
o poeta vem e senta-se
a menina dos olhos passa
o poeta vem, senta-se
e agarra-se à literatura
o poeta vem e senta-se
o mundo é o mesmo
não muda nada
o poeta vem e senta-se
espera pela dama
o poeta vem e senta-se
será que vem?
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
BEBER POR BEBER
BEBER POR BEBER
Beber por beber
por mim
por ti
beber sem saber
deixar-me ir
Beber por beber
o bar a encher
aqui d' el rei
e eu sem ti
beber por beber
celebrar a mulher
copo dentro
noite fora
por uma palavra
que tarda a vir
beber por beber
o som a bater
bênção maldição
e eu aqui
Beber por beber
nada a fazer
tu não me entendes
e eu sou assim.
A. Pedro Ribeiro.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
MENINA DO CASTELO DA ESCÓCIA
Menina linda
que estás ao balcão
menina linda
que varres o chão
menina linda
que vens
sorris
e mostras a pele
menina de mel
por quem suspiras
no moinho de pedra
no castelo da Escócia
Quando olho para ti
vejo o mar
vejo o amor
menina-amor
menina-flor
Fazes desaparecer
as feridas do rocker
apaziguas
as chamas
de Lúcifer.
que estás ao balcão
menina linda
que varres o chão
menina linda
que vens
sorris
e mostras a pele
menina de mel
por quem suspiras
no moinho de pedra
no castelo da Escócia
Quando olho para ti
vejo o mar
vejo o amor
menina-amor
menina-flor
Fazes desaparecer
as feridas do rocker
apaziguas
as chamas
de Lúcifer.
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