EL SANGRE DE AMERICA
António Pedro Ribeiro
"Falámos com operários, camponeses, professores, estudantes, donas de casa, taxistas, pescadores, funcionários, vendedores ambulantes, bandas rock e punk, desempregados, jornalistas, padres e freiras, lésbicas e gays, artistas, intelectuais, homens, mulheres, meninos e meninas, jovens, velhos. E falámos também com muitos indígenas. E fomos espelho para os indígenas de todo o país. E eles também foram espelho para nós. E eles reconheceram-se na nossa rebeldia. Nós reconhecemo-nos na dignidade rebelde deles. Porque eles disseram-nos que os jovens e as crianças eram aqueles que procurávamos. Ou seja, a esperança, a rebeldia, a generosidade, o compromisso, a manhã.
Saudamos as crianças e os jovens indígenas e as crianças e os jovens não indígenas. Porque ao saudá-los também saudamos os nossos mortos com uma flor. Com uma flor dizemos-lhes que estão vivos. Com uma flor dizemos-lhes que estamos vivos. Que os nossos mortos vivem para sempre! Que a morte morre para sempre!"
(Sub-Comandante Marcos, montanhas do México)
O moço de recados do capitalismo e do imperialismo, George W. Bush, teve a resposta que merecia do povo latino-americano ao longo do périplo "amigável" que fez pelas terras de Marcos, Zapata e Che Guevara. Do Brasil à Colômbia, do México ao Uruguai, Bush, aparte alguns parceiros do grande capital e da mafia mundial como Alvaro Uribe e outros personagens menores, foi insultado e humilhado nas ruas pelos povos da América Latina. Em solidariedade com os indígenas, com os pobres, com os excluídos, com o Iraque, com a palavra de Chávez, de Fidel, de Marcos.
A América Latina não tem medo de Bush nem dos papões militaristas e imperialistas e nada tem a ver com fanatismos religiosos. A América Latina solidária, anti-colonialista e internacionalista saiu, sem medos, à rua. A América Latina não esquece os seus índios, os seus indígenas, mortos, dizimados, exterminados pelos carrascos colonialistas e imperialistas. A América não esquece Pinochet nem os amigos da CIA, nem tão pouco as ditaduras sanguinárias da Argentina, do Brasil, do Uruguai, do Paraguai, do México, de Cuba. A América Latina não esquece o sangue.
Bush sai de lá, como entrou, de mãos vazias. Os tempos estão a mudar.
António Pedro Ribeiro
"Falámos com operários, camponeses, professores, estudantes, donas de casa, taxistas, pescadores, funcionários, vendedores ambulantes, bandas rock e punk, desempregados, jornalistas, padres e freiras, lésbicas e gays, artistas, intelectuais, homens, mulheres, meninos e meninas, jovens, velhos. E falámos também com muitos indígenas. E fomos espelho para os indígenas de todo o país. E eles também foram espelho para nós. E eles reconheceram-se na nossa rebeldia. Nós reconhecemo-nos na dignidade rebelde deles. Porque eles disseram-nos que os jovens e as crianças eram aqueles que procurávamos. Ou seja, a esperança, a rebeldia, a generosidade, o compromisso, a manhã.
Saudamos as crianças e os jovens indígenas e as crianças e os jovens não indígenas. Porque ao saudá-los também saudamos os nossos mortos com uma flor. Com uma flor dizemos-lhes que estão vivos. Com uma flor dizemos-lhes que estamos vivos. Que os nossos mortos vivem para sempre! Que a morte morre para sempre!"
(Sub-Comandante Marcos, montanhas do México)
O moço de recados do capitalismo e do imperialismo, George W. Bush, teve a resposta que merecia do povo latino-americano ao longo do périplo "amigável" que fez pelas terras de Marcos, Zapata e Che Guevara. Do Brasil à Colômbia, do México ao Uruguai, Bush, aparte alguns parceiros do grande capital e da mafia mundial como Alvaro Uribe e outros personagens menores, foi insultado e humilhado nas ruas pelos povos da América Latina. Em solidariedade com os indígenas, com os pobres, com os excluídos, com o Iraque, com a palavra de Chávez, de Fidel, de Marcos.
A América Latina não tem medo de Bush nem dos papões militaristas e imperialistas e nada tem a ver com fanatismos religiosos. A América Latina solidária, anti-colonialista e internacionalista saiu, sem medos, à rua. A América Latina não esquece os seus índios, os seus indígenas, mortos, dizimados, exterminados pelos carrascos colonialistas e imperialistas. A América não esquece Pinochet nem os amigos da CIA, nem tão pouco as ditaduras sanguinárias da Argentina, do Brasil, do Uruguai, do Paraguai, do México, de Cuba. A América Latina não esquece o sangue.
Bush sai de lá, como entrou, de mãos vazias. Os tempos estão a mudar.
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