quinta-feira, 22 de março de 2007

O JUP FAZ 20 anos



AMIGOS, ATÉ LOGO

Companheiros,

É com muita pena que não posso estar presente na cerimónia do 20º aniversário do JUP e no lançamento da AGUASFURTADAS 10. No entanto, não queria deixar de dizer que para mim estes 20 anos têm um grande significado para mim uma vez que durante 11 anos (de 1988 a 1999) fui membro activo da associação. Passou muita gente pelas minhas mãos (salvo seja...) e pelos meus olhos. Existiram momentos elevados, gratificantes, de amizade, de fraternidade. Produziram-se coisas bonitas que ficaram como o próprio jornal e respectivas alterações, como as AGUASFURTADAS, como as tertúlias, debates, festas e espectáculos que se foram fazendo.
Eu dormi muitas noites no JUP, vivi no JUP, vivi o JUP. Houve também. Houve também momentos difíceis como quando em 1992, salvo erro, várias da UP e a FAP pediram ao Reitor- Alberto Amaral, na altura, um homem de bem e um obreiro- para cortar os subsídios ao JUP. Ou como em 1995, quando o jornal esteve 7 meses parado. Mas graças ao empenho e à generosidade de um pequeno número de associados o JUP resistiu sempre, até hoje. Houve também conflitos internos pessoais (alguns, a esta distância, irrisórios), Assembleias Gerais (e eu presidi a algumas) quentes, a arder, de cortar à faca, algumas atitudes menos dignas. Houve também conflitos político-ideológicos acerca da organização do jornal e dos poderes da direcção. Mas quando não há discussões, conflitos e até batatada é sinal que já estamos mortos, sem vontade. E é por causa dessa diversidade, dessa escola de cidadania, dessa vida que o JUP sobreviveu até hoje. Podia contar muitas mais estórias à volta do JUP mas não me quero alongar muito mais. Fá-lo-ei noutra altura, se me quiserem ouvir. Solicito apenas à direcção que alargue para mais dias as comemorações porque 20 anos é muito tempo. Estou disponível para ajudar mesmo que ande em "Tournée" pelo país. Um abraço a todos e, correndo o risco de me esquecer de alguém, um abraço especial ao Jorge Pedro Sousa, à Mizé, ao Jorge Humberto, à Perpétua, ao Armando, ao João Teixeira Lopes, ao Corvacho, ao Pedro Pombo, ao Rui Amaral, ao Rui Lage, ao Nuno Amaral, à Isabel Rocha, ao Xico, ao Dino, ao Trigo, à Luisa, à Susana, à Lurdes, ao "engenheiro", ao Zé Leite, ao Hugo Calçada, ao Hugo Santos, às paredes, ao sofá onde dormia, às gajas bonitas, a Platão, ao john Wayne e à Casa da Maria Joana. Bem Hajam!
Venham mais vinte!

António Pedro Ribeiro (poeta, cantor, actor, sócio nº12 do NJAP/JU).

4 comentários:

Rui Lage disse...

Cum caneco, Pedro, admito que me veio a lágrima ao canto do olho depois de ler as tuas palavras. Um abraço especial para ti também. Muito do JUP, isso é incontestável, deve-se a ti. Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que entrei na sede: teria os meus 19 ou 20 anos e foi pela mão do Nuno Amaral, que me recrutou depois de alguns "serões" no Luso e no Piolho, e de ter dado comigo a passarinhar na Faculdade de Letras. Foi pouco antes de caiarmos as paredes do piso térreo - lembras-te? -, na sala onde antes se faziam as reuniões de redacção. Eu e o Nuno chegamos atrasados, tu eras o homem do leme, conduzias, por assim dizer, os trabalhos. Mal me sentei, alguém me colocou um copo de plástico branco à frente, e tu, como bom estalajadeiro, levantaste-te, pegaste num garrafão de tinto e encheste-me o copo. À tua, portanto!

Por mim voltam-se a comemorar os 20 anos do JUP logo que regresses da "tournée"!

Não me consigo despedir sem enviar um abraço enorme para Angola, onde estão a Isabel Rocha e o Francisco Lemos (mais a sua querida Mafalda). Outra enorme fatia do JUP é a eles que a devemos.

Acrescento à tua lista o César Taíbo e o Rui Pedro Bordalo. Bem sei que não te esqueceste deles, mas é muita (e boa) gente aquela que foi dando o litro em prol desse belo projecto de cidadania, pensamento livre, debate e expressão de ideias que continua ser o JUP.

Só tu para te lembrares do "engenheiro"! Bons tempos! Bons tempos! Longa vida para ti, companheiro!

Rui Lage disse...

Ass: Rui Lage.

barboza disse...

Um abraço à malta toda do Comandante Barbosa, actualmente na diáspora.

A. Pedro Ribeiro disse...

eh, vês, até me esqueci de ti, Comandante. São muitas noites, muita gente a passar por mim.