Para a Lúcia in http://atritos-sonoros.blog.pt
Sempre estarás nu e desarmado, dizia-me Zeno, mas sobretudo sempre estarás nu e desarmado diante do mar, da mulher que tu amas e da morte. Ah, essas presenças mágicas que nos esmagam de vazio, eternidade, irracionalidade e que, se ausentes, apenas o serão na aparência. O mar, a mulher e a morte circulam no teu sangue, dizia-me o Mestre, e são a fonte obscura da tua peregrinação.
(Casimiro de Brito, "Arte da respiração").
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