domingo, 18 de dezembro de 2005

Paz, Poeta e Pombas

A Paz viajou em busca do silencio
sitiou Berlim
abdicou em Londres
a Paz saltou dos olhos do poeta
atacada de psicose maniaco-depressiva

Foi nessa altura que as pombas
solicitaram nas agencias as tarifas
mas nao viram mais o poeta
que gozava na Suiça
duma licença graciosa

A Paz saiu aos saltos para a rua
comeu mostarda
bebeu sangria
A Paz sentou-se em cima duma grua
atacada de artemia

Foi nessa altura que as pombas
solicitaram nas agencias as tarifas
mas nao viram mais o poeta
que gozava na Suiça
duma licença graciosa.

(Jose Afonso)

1 comentário:

Anónimo disse...

António.
Fiz um poema para ti. Vais gostar malandro!